Rodovias mapeadas: Brasil revela rotas e cargas por transportador
- crossbbrasil
- 2 de out.
- 2 min de leitura
Integração MDFe + RNTRC permite ver quem transporta o quê e por onde, melhorando planejamento e decisões logísticas.
Jogo Rápido:
O cruzamento entre o Manifesto Eletrônico de Documentos Fiscais (MDFe) e o RNTRC mostra fluxos de origem-destino, tipos de carga por categoria de transportador e os principais corredores logísticos, oferecendo insumo para investimentos e políticas públicas.
A transformação digital começa a traduzir-se em vantagem competitiva para a logística brasileira. Ao integrar os registros do Manifesto Eletrônico de Documentos Fiscais (MDFe) com o Registro Nacional de Transportadores Rodoviários de Cargas (RNTRC), a administração do transporte obtém uma fotografia detalhada de quem transporta o quê, de onde e para onde, permitindo mapear corredores, tipos de carga e perfis de operadoras. O MDFe, documento eletrônico que vincula notas fiscais em trânsito e contém informações de origem, destino, unidade de carga e modal, é a base técnica dessa visibilidade.
O RNTRC classifica e registra transportadores — autônomos, empresas e cooperativas — e publica séries que permitem mensurar a composição da frota e a distribuição setorial dos operadores.Com esses cruzamentos, técnicos e gestores conseguem construir matrizes origem-destino e identificar cinemáticas de fluxo que orientam decisões sobre trechos críticos e opções multimodais.
Estudos e matrizes do Plano Nacional de Logística (PNL) e trabalhos da EPL/IPEA já utilizam esse tipo de insumo para priorizar investimentos em rodovias, ferrovias e hidrovias. Na prática, análises mostram que granéis agrícolas concentram saídas do Centro-Oeste para portos do Sudeste, enquanto combustíveis e produtos químicos seguem mais ao longo do litoral, e carga geral apresenta distribuição mais pulverizada — informação valiosa para definir prioridades de conservação de rodovias e logística reversa.
BÔNUS
Para acessar, clique aqui: Relatório Executivo do Plano Nacional de Logística (PNL). O Plano detalha os projetos e recursos financeiros essenciais para aprimorar a infraestrutura logística brasileira até 2025.
Os benefícios são claros: planejamento público mais certeiro, empresas capazes de escolher rotas menos saturadas e operadores que otimizam custos por meio de melhores ocupações de veículos.
Ainda assim, há necessidades relevantes: interoperabilidade entre sistemas estaduais e federais, anonimização e proteção de dados (LGPD) em bases abertas, necessidade de processamento em tempo real e investimentos em infraestrutura de telemática para fornecer visão dinâmica dos fluxos. Também pesa a necessidade de capacitação técnica e de políticas públicas que transformem dados em decisão ou seja, ter dados não basta sem ferramentas analíticas e governança que convertam informação em obras.
A agenda, portanto, combina continuidade na digitalização do MDFe, aperfeiçoamento do RNTRC e ampliação das matrizes de planejamento. Quando essas peças se encaixarem, o Brasil terá base para reduzir gargalos, incrementar a multimodalidade e aprimorar a competitividade de exportadores e distribuidores internos, ao mesmo tempo em que o setor ganha transparência e previsibilidade.
COM INFORMAÇÕES DE: ANTT - ANTT/RNTRC - PORTAL MDF - PLANO NACIONAL DE LOGÍSTICA - EPL/IPEA





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