Cúpula Bioceânica reúne governantes em Jujuy
- crossbbrasil
- 10 de out.
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Governadores e autoridades dos quatro países definem metas de integração regional.
JOGO RÁPIDO
Reunidos em San Salvador de Jujuy, representantes subnacionais do Brasil, Paraguai, Argentina e Chile encerraram a VII Cúpula da Rota Bioceânica, para consolidar plano de integração logística, comercial e de infraestrutura transfronteiriça, com foco em projetos concretos e cooperação multisetorial.

A VII Cúpula de Governadores da Rota Bioceânica terminou em 9 de outubro em San Salvador de Jujuy, província de Jujuy, Argentina, reunindo autoridades subnacionais dos quatro países integrantes — Brasil, Paraguai, Argentina e Chile — para debater e acordar avanços no corredor que pretende ligar os oceanos Atlântico e Pacífico
O encontro ocorreu no contexto do VII Foro dos Territórios Subnacionais do Corredor Bioceânico de Capricórnio, que teve programação entre 8 e 10 de outubro e incluiu comissões técnicas sobre infraestrutura, comércio, cultura, turismo e meio ambiente. Os debates foram acompanhados por representantes do setor privado, acadêmico e organismos internacionais.
Durante a cúpula, os governadores e delegados revisaram o Plano Mestre Regional de Integração e Desenvolvimento, concebido em cooperação com o Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID), e definiram compromissos para sua execução nos próximos anos. Entre os eixos pactuados estão a priorização de rotas logísticas, facilitação aduaneira, investimentos em energia renovável, e estímulo ao desenvolvimento sustentável nas regiões fronteiriças.
Os países participantes manifestaram interesse em fortalecer o arcabouço institucional do corredor. O modelo de governança subnacional que permite protagonismo às regiões fronteiriças foi reafirmado como peça central para dar efetividade às decisões. Também foi destacada a necessidade de conjugar planejamento nacional com execução regional.
Autoridades brasileiras vindas de estados como Mato Grosso do Sul percorreram cerca de 2.000 quilômetros para participar do evento, evidenciando o comprometimento local com o projeto. A comitiva participou de sessões plenárias, painéis temáticos e encontros com agentes de comércio exterior da Argentina.
No encerramento, foi realizada uma coletiva de imprensa e um almoço de trabalho com delegações, ocasião em que foram apresentados cronogramas para licitações de obras e implantação de iniciativas transfronteiriças. Também se destacaram mesas de mulheres empresárias, rodadas comerciais e proposta de fortalecimento de cadeias produtivas regionais.
A participação ativa das províncias argentinas, especialmente Jujuy, teve simbolismo estratégico: a província se posiciona como ponto de articulação entre o Atlântico e o Pacífico, sendo polo de conexão logística, cultural e econômica na Rota Bioceânica. Sua escolha como sede reforça sua vocação geográfica e política para servir de hub regional.
Internacionalmente, o foro atraiu olhares de instituições de cooperação, que avaliam o corredor como instrumento de integração entre Mercosul e Bloco do Pacífico. O modelo pode servir de referência para outras rotas interoceânicas na América do Sul, desde que haja coordenação constante entre os níveis nacional, regional e local.
Ao concluir a cúpula, foi lançada a declaração final com compromissos de prazos, metas e mecanismos de monitoramento do progresso. O texto sublinha que a efetivação desses compromissos dependerá da articulação contínua entre governos nacionais e subnacionais.
A VII Cúpula reforçou que a Rota Bioceânica não é apenas uma rota física, é uma ambição geoeconômica de integração real entre regiões distantes, com impacto estratégico em trade, conectividade e desenvolvimento equilibrado entre fronteiras.
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