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CNA : Mais de 80% das estradas vicinais do Brasil estão ruins

  • crossbbrasil
  • 9 de out.
  • 2 min de leitura

Estudo da CNA revela prejuízo de R$ 16,2 bi/ano por estradas vicinais fora do padrão.


JOGO RÁPIDO

A Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil, com a Esalq-Log, mapeou 2,2 milhões de km de estradas vicinais em 557 microrregiões. Das vias rurais, cerca de 84,5% são “não classificadas”. As más condições geram R$ 16,2 bilhões por ano em custos operacionais.


Um estudo inédito divulgado em 8 de outubro pela CNA (Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil), em parceria com o grupo Esalq-Log da Universidade de São Paulo, aponta que mais de 80% das estradas vicinais do país — cerca de 1,8 milhão de km de uma malha total de 2,2 milhões de quilômetros — estão fora do padrão adequado de trafegabilidade. 


As estradas vicinais não são pavimentadas Estudo da CNA aponta que mais de 80% das estradas vicinais do país estão fora do padrãos, cobrem áreas rurais e conectam pequenas propriedades agrícolas entre si ou às rodovias principais. O estudo categoriza essas vias em dois tipos: as terciárias (367 mil km), que suportam tráfego em dois sentidos, e as não classificadas (1,8 milhão km), que são estreitas e muitas vezes transitáveis por um só veículo por vez. 


Segundo o levantamento, os agronegócios transportam cerca de 1,4 bilhão de toneladas de cargas por essas estradas rurais por ano — incluindo grãos, frutas, leite, madeira e cana-de-açúcar —, o que reforça sua importância para a cadeia produtiva. 

O estudo estima que os custos operacionais causados pelas más condições dessas vias alcancem R$ 16,2 bilhões por ano, considerando fatores como maior consumo de combustível, mais manutenção de veículos, perdas de carga, insumos e tempo de deslocamento. 


Para reverter o quadro, seriam necessários R$ 4,9 bilhões por ano para adequar cerca de 177 mil km de vias terciárias nas regiões mais prioritárias do país, elevando-as a um padrão mínimo de trafegabilidade. Esse valor representa menos de um terço dos prejuízos estimados. 


Além disso, há potencial para ganhos operacionais anuais de R$ 6,4 bilhões, caso as vias atinjam padrões de “alta qualidade”. O estudo sugere que, com melhorias, seria possível também reduzir emissões de dióxido de carbono em até 1 milhão de toneladas/ano. 


Foram feitas visitas a campo em oito microrregiões nos estados da Bahia, Goiás, Maranhão, Minas Gerais, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Pará e Paraná. Produtores rurais e gestores públicos apontaram problemas como buracos, acúmulos de água, drenagem deficiente, erosão, ondulações e pontes em condições precárias. 


Dentre as recomendações da CNA estão: adoção do Índice de Priorização das Estradas Vicinais (Ipev) para focar investimentos nas regiões mais afetadas; parcerias entre setor público e privado; captação de recursos para manutenção constante; e a ampliação de programas como o Proner (Programa Nacional de Estradas Rurais).


LIGAÇÕES EXTERNAS: CNA – ESALQ-LOG – CANAL RURAL – AGROFY NEWS – AGROPECUÁRIA


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