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 Prejuízo logístico eleva custo do café

  • crossbbrasil
  • 9 de out.
  • 3 min de leitura

Exportadores de café tiveram despesa extra de R$ 5,9 mi por falhas em logística.



JOGO RÁPIDO

Cecafé relata que gargalos na cadeia logística e infraestrutura portuária provocaram custos elevados de armazenagem em agosto e impediram embarque de 624.766 sacas o que correspondeu a 1.893 contêineres. Metade dos navios teve atrasos ou reprogramações.


O Conselho dos Exportadores de Café do Brasil (Cecafé) informou em boletim divulgado nesta terça-feira (7) que, só em agosto, o setor acumulou R$ 5,9 milhões de custos extras com armazenagem adicional, pré-stacking e detentions causados pela incapacidade de embarcar parte da produção.  Foram afetadas 624.766 sacas de café , ou 1.893 contêineres, que deixaram de ser enviadas para o comércio exterior.


Segundo o documento, 50% dos navios previstos para transportar café no mês ,ou 168 das 335 embarcações, sofreram atrasos ou tiveram suas escalas alteradas. 

O não embarque dessas cargas implicou também em perda de receita cambial. A entidade estima que deixaram de entrar US$ 221,28 milhões (aproximadamente R$ 1,205 bilhão, com base no dólar médio do mês) na economia brasileira. (Cecafé) O cálculo considerou o preço médio FOB de US$ 354,18 por saca de café verde e cotação média de R$ 5,4463 no período.


No Porto de Santos, responsável por cerca de 80,2% dos embarques de café entre janeiro e agosto, o cenário é grave: 67% das embarcações sofreram atrasos ou alterações de escala, atingindo 122 dos 182 navios. O tempo de espera mais longo nesse porto chegou a 47 dias. (Cecafé) Em 4% dos casos, os procedimentos de embarque tiveram gate aberto por mais de quatro dias; em 59% dos casos, entre três a quatro dias; e em 38%, menos de dois dias.


Já no complexo portuário do Rio de Janeiro — segundo maior exportador de café no país, com participação de 15,8% nos embarques — foram registrados atrasos em 38% das embarcações, com espera máxima de 36 dias entre o primeiro e o último prazo de embarque.  O Cecafé alerta que o cenário tende a se agravar sem investimentos urgentes em infraestrutura portuária, ampliação de capacidade de pátios e berços, e diversificação modal de transporte. O diretor técnico da entidade, Eduardo Heron, afirmou que este é um cenário que se repete e, infelizmente, tende a piorar nos próximos meses e anos se não houver investimentos rápidos nos portos do Brasil para aumentar a oferta de capacidade de pátio e berço.


O agronegócio cresce a taxas expressivas, mas a infraestrutura portuária e a ampliação na diversificação de modais de transporte do país não acompanham essa evolução, o que tem gerado prejuízos constantes aos exportadores, principalmente os que trabalham com cargas que dependem de contêineres para exportação”,

Outro ponto de tensão é o impasse no processo de licitação do Tecon Santos 10. O Cecafé critica que as restrições impostas pela Agência Nacional de Transportes Aquaviários (ANTAQ) podem limitar a participação de empresas e levar à judicialização, atrasando a expansão da capacidade portuária. 


Em setembro, o Cecafé participou de reuniões com entidades como o Instituto Pensar Agro (IPA), a Frente Parlamentar da Agropecuária (FPA), a CNI, a CNA e o grupo Logística Brasil, bem como com o relator do Projeto de Lei 733/2025 (de renovação do marco regulatório do setor portuário), deputado Arthur Maia. (Cecafé) A entidade defende que o novo marco regulatório inclua participação de usuários de carga nos conselhos portuários, maior transparência tarifária, metas logísticas e critérios técnicos para distribuição de recursos. 


A pressão do setor exportador também mira prazos e flexibilizações regulatórias na ANTAQ e demais órgãos, na tentativa de destravar investimentos e permitir que o Brasil recupere competitividade logística no comércio exterior.

LIGAÇÕES EXTERNAS:


CECAFE – AGROLINK – CNN BRASIL – CANAL RURAL – PORTOS E NAVIOS

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