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Paranaguá eleva calado e exportações ganham fôlego

  • crossbbrasil
  • 20 de set.
  • 3 min de leitura

Com autorização para ampliar o calado de 13,10 m para 13,30 m, Porto de Paranaguá aumenta carga por navio em até 1,5 mil toneladas.


O Porto de Paranaguá teve o calado elevado de 13,10 m para 13,30 m, beneficiando berços que movimentam granéis sólidos como soja, milho e farelo. O aumento permite acréscimo de até 1.500 toneladas por embarcação, reforçando sua competitividade e impactando exportações com mais de 800 mil toneladas extras até agosto de 2025.

NOVO IMPULSO PARA EXPORTAÇÕES DE CARGAS AGRÍCOLAS. 
NOVO IMPULSO PARA EXPORTAÇÕES DE CARGAS AGRÍCOLAS. 

A Portos do Paraná anunciou, em 17 de setembro de 2025, a publicação da Portaria nº 188/2025 da Norma de Tráfego Marítimo e Permanência, autorizando o aumento do calado — isto é, a profundidade mínima em que um navio pode navegar — de 13,10 metros para 13,30 metros para seus berços de granéis sólidos. 


O acréscimo de apenas 20 centímetros, embora pareça modesto, traz ganhos significativos: cada navio graneleiro que opera nesses berços poderá sair do cais com até 1.500 toneladas a mais de carga — soja, milho, farelo, fertilizantes são exemplos de granéis que se beneficiam diretamente desta mudança. 


Esse movimento não é isolado. Paranaguá já havia ampliado o calado em dezembro de 2024, passando de 12,80 m para 13,10 m. Desde então, o corredor de exportação do porto movimentou mais de 800 mil toneladas adicionais até agosto de 2025, o que representa um aumento superior a 5 % no volume exportado, dado o novo limite. 

A medida foi aprovada pela praticagem e pela Marinha do Brasil, e vale para os berços 201, 202, 204, 209, 211, 212 e 213, terminais utilizados para embarque de granéis sólidos como soja em grão, farelos, milho e açúcar.


A ampliação do calado se apoia em obras de derrocagem concluídas em 2024 e em dragagens regulares realizadas pela administração portuária — medidas que garantem profundidade estável, remoção de obstáculos submersos, manutenção de segurança náutica e viabilidade operacional. 


Além dos benefícios imediatos em volume de carga por embarcação, há ganhos competitivos expressivos: redução de custo por tonelada transportada, menor custo logístico para exportadores, maior eficiência para navios que antes deixavam espaço vazio para evitar tocagens (quando a parte submersa atinge o fundo). Isso contribui para que o Porto de Paranaguá continue como um eixo estratégico para o agronegócio brasileiro. 


Também há uma perspectiva futura. No leilão de concessão do canal de acesso ao sistema portuário do Paraná, previsto para 22 de outubro de 2025, o edital exige que a empresa vencedora garanta calado de 15,50 metros nos primeiros cinco anos de contrato, além de manter esta profundidade durante toda a vigência, que será de 25 anos.


Desafios permanecem, como manter a profundidade nos períodos de seca ou maré baixa, o custo contínuo de dragagem e derrocagem, bem como garantir segurança nas manobras de navios maiores nos berços afetados. A sinalização náutica, monitoramento hidrográfico, condições climáticas e agilidade nas operações portuárias também serão fatores críticos. 


A elevação do calado para 13,30 m em Paranaguá representa um avanço estratégico para o porto, exportadores e cadeia agrícola. Com navios mais cheios e custos logísticos menores, ganha-se em volume, competitividade e posicionamento no mercado global. A exigência futura de 15,50 m evidencia que este é um processo contínuo de modernização portuária.


COM INFORMAÇÕES DE: PORTOS DO PARANÁ -  PORTOS DO PARANÁ - PARANÁ GOV - JORNAL PORTUÁRIO  - PÁGINA RURAL


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