top of page

Ouro e frutas puxam superávit recorde no RN

  • crossbbrasil
  • 8 de out.
  • 3 min de leitura

Rio Grande do Norte tem superávit de US$ 404,9 milhões no ano, impulsionado por melão e ouro bruto.


JOGO RÁPIDO

O Rio Grande do Norte deve encerrar 2025 com superávit de US$ 404,9 milhões, resultado das exportações de frutas tropicais e ouro. O estado movimentou US$ 729,6 milhões em vendas externas, com destaque para o Porto de Natal e o uso de navios refrigerados. Persistem gargalos logísticos e escassez de contêineres na safra.

O Rio Grande do Norte registrou um dos melhores resultados de sua história recente no comércio exterior. Segundo o Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (MDIC), o estado obteve superávit de US$ 404,9 milhões no acumulado de 2025, impulsionado pela alta nas exportações de frutas tropicais — como melão, melancia e manga — e do ouro bruto, que ganharam protagonismo na pauta exportadora potiguar.


De janeiro a setembro, o volume total exportado somou US$ 729,6 milhões, frente a US$ 324,7 milhões em importações. Panamá (com destaque para óleos combustíveis), Países Baixos e Estados Unidos figuram entre os principais destinos das vendas externas do estado, representando a maior fatia das transações internacionais.

A fruticultura segue como motor das exportações potiguares. Dados da Associação Brasileira dos Produtores e Exportadores de Frutas (Abrafrutas) apontam que o RN mantém a liderança nacional na exportação de melão para o mercado europeu, consolidando o Porto de Natal como um dos mais importantes canais de escoamento de frutas frescas da América Latina.


Outro segmento em ascensão é o de exportação de ouro, impulsionado pela valorização global do metal e pela expansão da mineração — tanto artesanal quanto industrial — em municípios do Seridó. O resultado foi um aumento expressivo nas remessas internacionais, conforme informações do setor mineral.


O transporte marítimo consolidou-se como o principal modal de exportação do estado, respondendo por cerca de 88% do valor total exportado. O Porto de Natal concentra mais de 70% das operações, enquanto o Porto-Ilha de Areia Branca e o Terminal de Guamaré completam o sistema de embarque de granéis e derivados minerais. O uso crescente de navios refrigerados (reefers) e a ampliação da frequência de viagens para a Europa elevaram a competitividade da fruta potiguar nos mercados internacionais.


O governo estadual ressalta que a expansão das rotas marítimas e os investimentos em infraestrutura portuária têm sido cruciais para reduzir custos e perdas logísticas. O Plano Estadual de Logística Integrada, atualmente em execução, inclui a digitalização dos processos aduaneiros e a instalação de scanners e sensores inteligentes para monitoramento de cargas perecíveis.


Apesar do desempenho expressivo, especialistas alertam para entraves estruturais. De acordo com a Confederação Nacional da Indústria (CNI), as deficiências na malha rodoviária de acesso ao Porto de Natal elevam o custo do transporte interno em até 25%. Além disso, a escassez de contêineres refrigerados continua sendo um desafio crítico durante o pico da safra de frutas, entre setembro e fevereiro.


O saldo positivo de 2025 confirma a relevância do Rio Grande do Norte no cenário exportador do Nordeste. Com vocação natural para produtos agrícolas e minerais, e um porto estrategicamente localizado no Atlântico, o estado reforça sua posição no mapa logístico nacional. A combinação entre infraestrutura eficiente, diversificação produtiva e inovação logística tende a consolidar o RN como referência em exportações sustentáveis nos próximos anos.


LIGAÇÕES EXTERNAS: O POTI - PORTAL N10 - TRIBUNA DO NORTE - O POTIGUAR


 
 
 

Comentários


WZAP.png

© 2025 - CUBO MÁGICO INFO - A REVISTA EM MOVIMENTO - UMA VOLTA AO MUNDO DO TRANSPORTE DE CARGAS E DA LOGÍSTICA

bottom of page