Mercado Livre lança no Brasil, nova geração de robôs de separação: 125 unidades para processar 105 mil itens/dia e reduzir tempo em até 25%.
PROMESSA: AUTOMAÇÃO SEM REDUÇÃO DE MÃO DE OBRA
Durante evento em SP, o Mercado Livre anunciou o uso de 125 robôs de separação para acelerar pedidos multi-Itens nos centros de distribuição. Espera reduzir em até 25 % o tempo do ciclo, mantendo empregos e expandindo eficiência logística no país, que representa 3,2 % do PIB registrado em 2024.
A empresa revelou que está investindo fortemente em robôs de automação para reforçar sua operação logística no Brasil — o maior mercado da companhia na América Latina, respondendo por 52 % de sua receita líquida regional. Na coletiva, foi anunciado que o ecossistema da empresa movimenta R$ 381 bilhões, o equivalente a 3,2 % do PIB brasileiro registrado em 2024.
Os robôs de separação são veículos autônomos internos, com capacidade de transportar itens entre prateleiras para consolidar pedidos multi-produto. Atualmente, são 125 unidades em operação, com capacidade estimada de separar até 105 mil itens por dia em um dos centros de distribuição do país.Esse sistema atua numa área de 670 m², ocupando dois níveis de armazenamento, e promete uma redução de até 25 % no tempo do ciclo de processamento de pedidos múltiplos — cerca de uma hora a menos no ciclo total.
Impactos operacionais e estratégia de transição - O Mercado Livre afirma que a introdução dessa automação não reduzirá vagas de trabalho: pretende contratar entre 12 mil e 13 mil pessoas em 2025, realocando colaboradores para funções de maior valor agregado dentro dos centros de distribuição. Segundo o diretor sênior de logística, Luiz Vergueiro, os robôs reduzirão os percursos internos dos trabalhadores (antes, caminhadas internas foram estimadas em cerca de 8 km por dia) e permitirão que as pessoas se concentrem em atividades analíticas.
Com o uso da nova tecnologia, o tempo de entrega das compras deve ganhar fôlego: atualmente, 56 % das compras em capitais são entregues no dia seguinte, e no estado de São Paulo esse índice chega a 73 %. A meta é que a automação contribua para ampliar a janela de entregas no mesmo dia e aumentar a eficiência logística geral.
Desafios da automação logística - A adoção de robôs exige investimentos robustos em infraestrutura (rede Wi-Fi de alta confiabilidade, sensores, software de controle), além de integração aos sistemas legados Também é necessário garantir que o fluxo logístico acompanhe a velocidade interna dos robôs, sem gargalos em outras etapas da cadeia.
Outro ponto é a escalabilidade: ainda que o piloto esteja em centros específicos (por exemplo, Cajamar/SP), será preciso estender essa automação para os demais centros de distribuição da empresa. E também replicar o modelo para regiões de menor densidade logística, onde o custo de implantação pode ser mais desafiador.
Uma vez bem-sucedida, a estratégia pode servir de modelo até mesmo para micro, pequenas e médias operações logísticas regionais: mostrar que a automação pode melhorar prazos, reduzir custos e aumentar competitividade — não eliminar empregos.
COM INFORMAÇÕES DE : O TEMPO - MERCADO&CONSUMO – GIRONEWS – MOBILETIME -CANALTECH
Comentários