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Investimentos cautelosos marcam transporte europeu em meio às tensões

  • crossbbrasil
  • 12 de set.
  • 3 min de leitura

Atualizado: 13 de set.

Mercado europeu de transporte registra US$17,2 bilhões em 33 transações apenas no primeiro semestre.


EUROPA: AVANÇO CAUTELOSO
EUROPA: AVANÇO CAUTELOSO

      Jogo Rápido

  • Investidores priorizam infraestrutura crítica e armazéns logísticos, refletindo seletividade diante das tensões geopolíticas. Apesar da cautela, valores transacionados cresceram em relação a 2024, sugerindo resiliência estratégica setorial.

  • Alemanha, França e Reino Unido concentram maior parte das operações, atraindo capital estrangeiro para projetos estruturais.

  • Armazenagem e logística urbana se tornam protagonistas, impulsionadas pelo crescimento acelerado do e-commerce europeu.

  • Setor de transporte ferroviário recebe atenção renovada, alinhado a metas de sustentabilidade e transição verde. Aumento nos custos de energia e pressões regulatórias reforçam a busca por investimentos seletivos e seguros.

  • PwC destaca que fundos privados e soberanos lideram a maior parte das transações estratégicas. Tensão geopolítica global e desaceleração chinesa aumentam cautela, mas não interrompem fluxo de capital europeu.


O mercado de transporte e logística europeu atravessa 2025 sob o peso das incertezas globais, mas mantém sinais claros de resiliência. De acordo com relatório da PwC, divulgado neste semestre, o setor registrou 33 transações avaliadas em US$17,2 bilhões apenas nos primeiros seis meses do ano. O número demonstra que, apesar da cautela dos investidores, o apetite por ativos estratégicos continua vivo no continente.


A seletividade, contudo, é a marca desse período. Investidores estão direcionando capital especialmente para infraestrutura crítica, como terminais ferroviários, rodoviários e portuários, além de armazéns logísticos. Esse movimento reflete a busca por maior previsibilidade em um cenário de volatilidade provocado por tensões geopolíticas — da guerra na Ucrânia às disputas comerciais envolvendo China e Estados Unidos.


Segundo análise da Bloomberg, os valores médios das transações subiram em comparação a 2024, o que indica maior concentração em ativos robustos. Em vez de volume elevado de negócios menores, o mercado está testemunhando acordos mais caros, mas estratégicos. Isso aponta para um redesenho do perfil de investimento, menos pulverizado e mais orientado a longo prazo.


A Alemanha, França e Reino Unido seguem como protagonistas, respondendo pela maior parte das operações. Esses países oferecem infraestrutura consolidada e marcos regulatórios que transmitem maior segurança ao capital estrangeiro. No entanto, também há espaço crescente para mercados emergentes dentro da União Europeia, em especial no leste europeu, onde investimentos em logística urbana têm crescido.

Outro vetor importante é o setor ferroviário, que volta a atrair atenção. O transporte por trilhos é visto como elemento central para a agenda de descarbonização da União Europeia, alinhado ao Pacto Verde Europeu. O aumento da pressão regulatória sobre emissões e combustíveis fósseis torna os ativos ferroviários ainda mais valiosos para investidores.


A logística urbana, impulsionada pelo boom do e-commerce, tem sido outro foco. Empresas e fundos estão investindo em centros de distribuição próximos a grandes cidades, otimizando entregas de última milha. Esse segmento ganhou força durante a pandemia e segue crescendo em ritmo acelerado.


Ainda assim, o ambiente não é livre de riscos. O aumento nos custos de energia, a persistência de gargalos na cadeia global de suprimentos e a desaceleração da economia chinesa pesam sobre o planejamento. Por isso, investidores adotam postura cautelosa, analisando com mais rigor a viabilidade de cada ativo.

O relatório da PwC ressalta que fundos soberanos e de private equity estão por trás da maioria das operações, privilegiando negócios de grande porte e com potencial de estabilidade. Já players menores, especialmente startups de logística, enfrentam maior dificuldade em captar capital diante da seletividade.


Pode-se concluir então que o setor europeu de transporte e logística entra em 2025 com investimentos mais concentrados e estratégicos. A combinação de tensões globais, transição energética e transformação digital molda um cenário desafiador, mas também repleto de oportunidades para quem aposta em ativos estruturais. O futuro aponta para um mercado menos disperso, mais resiliente e cada vez mais conectado às metas de sustentabilidade da região.

COM INFORMAÇÕES DE : AP NEWS  -  BUSINESS INSIDER -  SEATRADE MARITIME   PORT NEWS -   MARITIME GATEWAY



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