IA se firma na logística: adoção alcança cerca de 70 %
- crossbbrasil
- 30 de set.
- 3 min de leitura
Pesquisa revela que cerca de 70 % das empresas logísticas adotaram soluções de IA, com ganhos em eficiência e economia operacional.

Jogo Rápido:
Estudos e levantamentos recentes indicam que aproximadamente 70 % das empresas ligadas à logística estão investindo em automação e inteligência artificial, seja para roteirização, manutenção preditiva ou análise de dados. O uso da IA reduz custos de transporte e melhora a confiabilidade.
A transformação digital avança de modo contundente no setor logístico, em que soluções de inteligência artificial (IA) ganham terreno como ferramentas centrais de competitividade.
Levantamentos recentes apontam que cerca de 70 % das empresas de logística relatam já utilizar inteligência artificial ou planejamento de automação em suas operações, especialmente em roteirização, previsão de demanda ou manutenção preditiva.
Segundo a Pesquisa de Líderes de Transporte 2025 da Penske: Um Caminho para a Adoção da IA, 70 % das empresas de transporte relataram já adotar soluções de IA, representando um salto/ de 17 pontos percentuais sobre levantamento anterior. Outra análise nota que, no setor de cadeias de suprimento mais amplo, aproximadamente 40 % dos executivos reportam melhorias derivadas de aplicações de IA nas áreas de logística e transporte.
Esses dados convergem com projeções de mercado, como aquelas citadas em plataformas do setor: a IA em logística tem potencial para reduzir custos em até 15 % e otimizar níveis de estoque em até 35 %, segundo estimativas divulgadas pela Microsoft.
No Brasil, embora os dados sejam menos consolidados, sabemos que a adoção de IA na indústria em geral ainda é desigual. Por exemplo, no setor industrial brasileiro, em 2022 apenas cerca de 48,4 % das empresas que adotaram o esse caminho no país ainda está em consolidação e que diferentes segmentos (porte, capital, maturidade tecnológica) influenciam fortemente os níveis de implementação.
Os ganhos observados ou estimados incluem: redução de custos operacionais em 5 % a 15 % em transporte e manutenção; aumento da confiabilidade e previsibilidade nas entregas; menor tempo de parada e falhas nos ativos; decisões mais ágeis e fundamentadas com base em dados em tempo real e melhor aproveitamento de recursos humanos e tecnológicos.
Esses benefícios tornam-se diferenciais competitivos, especialmente em mercados com margens apertadas e alta sensibilidade ao custo logístico. Mas, apesar deles e dos avanços todos, a adoção no setor logístico enfrenta obstáculos notáveis, entre os quais se incluem altos custos iniciais e ROI incerto, muitas empresas hesitam ao investir sem previsão clara de retorno imediato.
Outros obstáculos também são registrados, como a Infraestrutura tecnológica e dados limpos, pois sistemas legados e bancos de dados fragmentados tornam a integração difícil; a escassez de profissionais especializados com habilidades em ciência de dados, IA e logística que são muito demandados e raro; acultura organizacional e resistência interna porque não raro, operadores tradicionais podem resistir à automação e à mudança de processos.
Finalmente, mas não menos importante nessa cadeia de dificuldades, aspectos regulatórios e de ética em relação ao uso de dados sensíveis, privacidade e segurança precisam de governança clara.
Alguns estudos de manufatura destacam um “paradoxo da produtividade” em que a adoção de IA inicialmente pode gerar queda de produtividade antes de ganhos sustentados — algo que pode se refletir em operações logísticas complexas.
Nada disso tem sido motivo para desânimo, como mostram os dados, muito pelo contrário.
O futuro da logística com inteligência artificial aponta para: modelos híbridos de autonomia, em que humanos e sistemas inteligentes colaboram; Integração com IoT (Internet das Coisas) para conectividade em veículos, pallets, sensores ambientais; uso de agentes generativos e IA autônoma para decisões em tempo real e auto ajuste de rotas, aumento de plataformas logísticas aptas a aprendizado contínuo, adaptando-se conforme variáveis externas e expansão em mercados emergentes, com adoção mais gradual, adaptada às restrições locais.
Os mais otimistas apostam que essa nova ferramenta, que aliás nem é tão nova assim caminhe para redefinir a logística global, transformando o transporte de mercadorias em rede verdadeiramente inteligente e resiliente.
COM INFORMAÇÕES DE : SUPPLY CHAIN XCHANGE – MICROSOFT – REUTERS - PENSKE





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