Agro: Açu inova na logística do agro com exportação sustentável
- crossbbrasil
- 17 de set.
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A sinergia entre logística portuária e a sustentabilidade no agronegócio ganha um novo capítulo no Porto do Açu, que acaba de estrear em um nicho de alto valor.

O Porto do Açu se firma como novo corredor logístico sustentável para o agronegócio. A primeira exportação de 25 mil toneladas de milho não transgênico do Mato Grosso para a Europa consolida a rota. A operação, alinhada à logística de baixo carbono, atende à crescente demanda global por produtos rastreáveis e sustentáveis.
O Brasil busca incansavelmente aprimorar suas rotas de exportação. Tradicionalmente dominado por portos no Sul e Sudeste, o agronegócio do Centro-Oeste agora encontra um novo e promissor caminho: o Porto do Açu, no litoral norte do Rio de Janeiro.
Recentemente, o terminal celebrou um marco histórico ao realizar sua primeira exportação de milho não transgênico (Non-GMO), um produto de alto valor agregado, diretamente do Mato Grosso para o exigente mercado europeu.
A operação, que movimentou 25 mil toneladas de milho, não é apenas um feito logístico, mas um símbolo da crescente demanda por cadeias produtivas sustentáveis. O milho Non-GMO, oriundo da região Leste do Mato Grosso, embarcou no Terminal Multicargas (T-Mult) do Porto, que se destaca por seus rigorosos protocolos para evitar a contaminação cruzada com grãos transgênicos. Essa expertise em segregação de cargas é um diferencial competitivo que atrai produtores focados em nichos de mercado que priorizam a rastreabilidade e a pureza de seus produtos.
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A expansão do Porto do Açu no setor do agronegócio reflete uma mudança de paradigma. O complexo, já consolidado na movimentação de minério, petróleo e gás, agora investe pesado em sua vocação para a transição energética.
A estratégia vai além da simples exportação de grãos e se alinha à construção de uma infraestrutura logística de baixo carbono, um fator cada vez mais decisivo para os mercados internacionais. A iniciativa ecoa o que acontece globalmente, como o projeto da Spedition Diez na Alemanha, que está construindo um parque de carregamento de caminhões movidos a energia solar, com capacidade de 25 MW. A visão é clara: do campo ao porto, a logística do futuro será impulsionada por fontes limpas.
Essa integração entre agronegócio e energia renovável é uma aposta do Açu para o futuro. A capacidade de movimentação do terminal, atualmente em 2,7 milhões de toneladas anuais, projeta-se duplicar com a expansão da área de armazenagem.
A diversificação de cargas, aliada à agilidade nas operações e ao mínimo tempo de espera para atracação, fortalece a posição do porto como um hub logístico de excelência. Além de milho, o terminal já movimentou mais de 20 tipos de cargas diferentes, demonstrando sua flexibilidade e capacidade de adaptação às necessidades do mercado.
O sucesso da operação com o milho Non-GMO do Mato Grosso abre as portas para que outros estados e produtores de grãos de alto valor se voltem para o Porto do Açu. A proximidade com o mercado europeu, aliada à capacidade de oferecer soluções logísticas customizadas e 100% privadas, garante eficiência e segurança.
Esse novo corredor logístico não apenas otimiza o fluxo de exportações, mas também consolida o Brasil como um líder no fornecimento de alimentos sustentáveis, em total sintonia com as exigências de um mundo cada vez mais atento às questões ambientais e de rastreabilidade.






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