Roubo de cargas muda de rota no Brasil, revela relatório nstech
- crossbbrasil
- 27 de nov.
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Atualizado: 28 de nov.

[ED: 10 ] 22 A 28.11.25 -
Novo levantamento da nstech mostra que roubos de cargas continuam elevados — apesar da queda no Sudeste, perdas se espalham para Norte e Nordeste, com destaque para alimentos e cargas fracionadas.
JOGO RÁPIDO
O relatório de 2025 da nstech revela que o Sudeste, embora ainda lidere em ocorrências de roubo de carga, teve redução de participação: de 90,8% em 2024 para 65,5% no 3º trimestre de 2025. Norte e Nordeste ganham peso: o Norte registrou 12,2% dos prejuízos no período. Cargas fracionadas e alimentos respondem por metade das perdas no Sudeste — e a pulverização geográfica aponta expansão das áreas de risco em todo o país.
O cenário do roubo de cargas no Brasil apresenta clara redistribuição geográfica, de acordo com o mais recente relatório da nstech, que compila dados de entidades de segurança e risco logístico, como BRK, Buonny e Opentech. As estatísticas mostram que, embora o Sudeste continue concentrando o maior volume de ocorrências, há um movimento crescente de criminalidade voltando-se a outras regiões do país.
No terceiro trimestre de 2025, o relatório apontou participação de 65,5% dos prejuízos no Sudeste, queda abrupta frente aos 90,8% registrados no mesmo período de 2024. A mudança sugere uma pulverização das ações criminosas, com destaque para o Norte, que teve 12,2% dos prejuízos, algo sem registro no ano anterior.
No Sudeste, a natureza das cargas roubadas também se manteve concentrada em categorias vulneráveis: cerca de 50,5% dos prejuízos referem-se a cargas fracionadas, e 27,1% a alimentos — segmentos de elevado volume e circulação intensa.
Outra mudança significativa identificada pelo relatório é no perfil temporal e nas rotas dos ataques. Houve aumento relativo de incidentes em rodovias consideradas de risco. por exemplo, a BR-381 passou a concentrar cerca de 15% dos prejuízos no trimestre, mais que o triplo do registrado anteriormente.
Também houve mudança nos intervalos críticos: a parte da manhã (horário de distribuição de mercadorias) assumiu protagonismo, substituindo horários noturnos como principal janela de vulnerabilidade.
O fenômeno, para profissionais de logística e segurança, demonstra que as quadrilhas adaptam táticas — não apenas deslocando rotas, mas explorando janelas e regiões com menor vigilância e maior demanda por transporte de cargas. A expansão no Norte e Nordeste indica tentativa de atuação em áreas menos protegidas ou com menor monitoramento.
Contudo, o estudo da nstech aponta que medidas de mitigação vêm surtindo efeito para empresas que adotam práticas de proteção e rastreamento integrado: entre janeiro e setembro de 2025, foram recuperados ou prevenidos cerca de R$ 165 milhões em sinistros, segundo o levantamento.
O relatório reforça a necessidade de estratégia nacional para segurança logística — com integração entre rodovias, sistemas de rastreio, escolta, auditoria e cooperação entre empresas, provedores de risco e autoridades. Sem isso, o Brasil perde competitividade, encarece o frete e expõe setores sensíveis a interrupções e prejuízos altos.
LIGAÇÕES EXTERNAS: NSTECH – LOGWEB – ESTADÃO – UOL / AGÊNCIA BRASIL – PLANETA CAMINHÃO



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