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Noruega : Alia completa voo elétrico entre Stavanger e Bergen

  • crossbbrasil
  • 19 de set.
  • 2 min de leitura

O ALIA, avião elétrico da Beta Technologies, voou 160 km entre Stavanger e Bergen em 55 min, mostrando avanços e limites da aviação de emissão quase zero.

VIAGEM LIMPA
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Operação de demonstração do ALIA CX300 simulou rota de carga entre Stavanger e Bergen (160 km) em 55 minutos, sem passageiros, com carga equivalente a 562 kg. O voo integra a test arena norueguesa para aviação de baixas emissões e revela os desafios ainda existentes, como autonomia, infraestrutura de recarga e regulamentação.

A Noruega marcou mais um passo importante na rota da aviação de baixas emissões ao registrar o primeiro voo teste do avião elétrico ALIA CX300, da americana Beta Technologies, na rota entre Stavanger e Bergen. A missão, sem passageiros, ocorreu em cerca de 55 minutos, cobrindo aproximadamente 160 km, transportando carga equivalente a 562 kg, simulando uma operação típica regional de carga.


Esse voo faz parte do programa Test Arena for Zero & Low Emission Aviation, que reúne entidades como Avinor (operadora dos aeroportos noruegueses), a Autoridade de Aviação Civil da Noruega, Beta Technologies e Bristow Norway. O objetivo é testar em condições reais como aeronaves elétricas convencionais decolagem e pouso (eCTOL) podem operar rotas regulares de carga, capacitação de infraestrutura, regulamentação e operação.


O ALIA CX300 possui capacidade teórica de cerca de 400 km de autonomia, o que torna o trajeto entre Stavanger e Bergen confortavelmente dentro de seu alcance de operação. Velocidade de cruzeiro de 210-270 km/h e capacidade de carga útil de 562 kg (ou equivalente a cinco passageiros) o definem como um modelo leve útil para rotas regionais ou de curta distância que hoje seriam feitas por modal rodoviário ou por aviões convencionais de pequeno porte.


Entretanto, embora o voo seja um marco tecnológico, ele também evidencia limitações práticas ainda a superar. A infraestrutura de recarga para aeronaves elétricas ainda está em fase inicial, sobretudo quando se exige operação regular em diferentes aeroportos. Regulamentações sobre operação visual ou por instrumentos (VFR/IFR), certificação aero-legal para operações noturnas ou em condições climáticas adversas, bem como requisitos de segurança redundantes, são desafios não triviais.


O uso para carga — embora promissor — impõe pesos, volumes, tempo de carregamento e frequência que muitas rotas aéreas comerciais não conseguem adaptar imediatamente. O balanço entre carga útil, autonomia e necessidade de infraestrutura elétrica robusta no solo será determinante para decidir onde esse tipo de aeronave se tornará competitivo.


Para a Noruega, esse voo reforça sua estratégia de liderança na decarbonização da aviação regional. Países com geografia fragmentada, voos curtos, alto custo de combustível e políticas ambientais agressivas têm tudo a ganhar com aeronaves elétricas ou híbridas, desde que os custos de operação — inclusive de eletricidade, manutenção e certificação — sejam controlados.


Pode-se dizer que o ALIA CX300 realiza um feito simbólico: demonstra que voar “verde” para rotas curtas de carga já não é mera teoria. Agora, resta amadurecer a escala, garantir segurança, confiabilidade e viabilidade econômica para que esse tipo de voo deixe de ser exceção e passe a rotina.


COM INFORMAÇÕES: DE AVINOR AVIATION 24  - ELECTRIVE  - MIKLITARU & AEROSPACE - CAA NORWAY - PR NEWSWIRE


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