FRANÇA : Flexis prepara vans elétricas e espera revolucionar entregas urbanas em 20
- crossbbrasil
- 16 de set.
- 2 min de leitura
Flexis, joint venture entre Renault, Volvo e CMA CGM, revelou três modelos de vans elétricas urbanas — Step-in Van, Cargo Van e Panel Van — baseadas numa plataforma “skateboard” . Produção será em Sandouville a partir de 2026.
A mobilidade urbana está prestes a ganhar um novo capítulo: a joint venture Flexis — formada por Renault Group, Volvo Group e CMA CGM — apresentou sua nova gama de veículos utilitários leves totalmente elétricos, conectados e personalizáveis, voltados para a logística urbana. Com produção prevista para iniciar em 2026, os modelos visam responder aos desafios do “último quilômetro”, incluindo eficiência, sustentabilidade e adaptabilidade
A linha inicial inclui três modelos distintos: Step-in Van, Cargo Van e Panel Van. Todos compartilham uma plataforma elétrica nativa tipo “skateboard” e arquitetura eletrônica SDV (Software-Defined Vehicle), desenvolvida pela Ampere, divisão de veículos elétricos da Renault. Essas tecnologias permitem carregar as baterias entre o piso do veículo, conectar o veículo em redes logísticas, ter atualizações “over the air” e adaptar o interior conforme uso do cliente.
A produção desses utilitários será na fábrica de Sandouville, na França. Flexis já anunciou que trabalha com cartas de intenção assinadas com empresas de logística em países como França, Reino Unido e Alemanha — entre elas Colis Privé, Hived e DB Schenker — representando demanda potencial de cerca de 15.000 veículos nos próximos três anos.
Os benefícios prometidos vão além da eletrificação: experiência de uso urbana com vans de piso baixo, portas laterais ou frontais fáceis, melhor ergonomia para entregadores, tempo de recarga rápido e sistemas conectados que ajudam a monitorar desempenho da frota, consumo e manutenção preventiva. Tudo isso como resposta às restrições cada vez maiores de emissões em zonas urbanas europeias e à pressão por entregas mais sustentáveis e eficientes.
Entretanto, o projeto enfrenta desafios importantes. A infraestrutura de recarga rápida ainda não está uniformemente distribuída; baterias de alto desempenho têm custo elevado; homologações regulatórias variam conforme país; e a adoção em larga escala dependerá da aceitação por clientes que operam em margens financeiras apertadas. Além disso, a transição para veículos elétricos exige redes de serviços autorizados, peças, manutenção especializada e logística de reciclagem ou descarte das baterias.
Para o setor de logística, Flexis representa uma aposta estratégica: trata-se de uma solução que une produção automotiva, conectividade digital e práticas sustentáveis. Empresas que tiverem frotas poderão reduzir custos operacionais, emissões de CO₂, ruído e impacto ambiental, além de possível benefício regulatório em cidades com restrições ambientais.
Em resumo, Flexis quer ser protagonista da revolução verde nos utilitários urbanos. Se tudo caminhar como planejado, a mobilidade de entregas e serviços urbanos na Europa poderá se transformar: vans elétricas, conectadas e modulares, produzidas em território francês, com forte integração digital e perfil adequado às exigências ambientais e logísticas dos próximos anos.
Comentários