Crise energética preocupa armazéns dos EUA, aponta estudo Prologis
- crossbbrasil
- 9 de out
- 2 min de leitura
Survey mostra que 89% das empresas viram cortes de energia afetando operações logísticas no último ano.

JOGO RÁPIDO
Levantamento da Prologis com mais de 1.800 executivos aponta que quase 9 em cada 10 empresas sofreram interrupções energéticas no último ano. Ética operacional, previsão de demanda por IA e localização de instalações agora dependem de energia confiável, mas menos de um terço têm sistemas robustos de backup.
Um estudo recente da Prologis, realizado em parceria com a Harris Poll, revela crescentes preocupações no setor logístico quanto à confiabilidade energética. Dos mais de 1.800 executivos entrevistados ao redor do mundo, 89% relataram ter experimentado interrupções ou disrupções relacionadas à energia no ano anterior variações de preço, apagões causados por fenômenos climáticos ou falhas na rede elétrica entre elas.
Mais de 83% dos executivos afirmam que consideram a confiabilidade da energia mais preocupante do que qualquer outra disrupção em suas cadeias de suprimento. Isso inclui interrupções como variações no fornecimento, quedas de tensão ou falhas injustificadas, que incidem diretamente sobre armazéns, centros de distribuição e operações de armazenagem.
O estudo também indica que a demanda por energia nos próximos cinco anos deverá aumentar significativamente. Aproximadamente 75% a 80% dos participantes esperam elevação de 10% a 50% nas necessidades de fornecimento de energia, impulsionados, em parte, pela adoção crescente de inteligência artificial, data centers e automação industrial dentro das operações logísticas.
Apesar dessas preocupações, menos de um terço das organizações contam atualmente com sistemas de backup ou recursos avançados de resiliência energética para suportar falhas de energia prolongadas. Isso deixa muitas instalações vulneráveis a prejuízos operacionais, perdas de estoque, atrasos em entregas e custos extras inesperados. A confiabilidade energética já aparece como fator decisivo para localização de armazéns e centros de distribuição. Cerca de 40% dos executivos afirmam preferir sites com infraestrutura energética confiável, mesmo que isso implique pagar prêmios de custo.
Especialistas consultados pelo estudo destacam que a combinação de clima extremo (tempestades, ondas de calor, nevascas) com uma malha elétrica sobrecarregada e envelhecida está tornando mais frequentes os casos de falha ou instabilidade elétrica nas regiões industriais. O aumento do uso de IA e tecnologias que exigem grande processamento, refrigeração, servidores, automação pressiona ainda mais as redes locais.
Do ponto de vista estratégico, empresas estão reavaliando suas redes de abastecimento, adotando planos de contingência, buscando fontes energéticas alternativas (como painéis solares e armazenamento por baterias) e distribuindo operações para reduzir risco concentrado. Entretanto, a transição exige investimento significativo e tempo, bem como suporte regulatório e incentivos fiscais nos lugares onde se pretende implantar essas soluções.
O relatório da Prologis sugere que a energia — mais do que custos com mão de obra ou tarifas de transporte — será um dos principais fatores de vantagem competitiva nos próximos anos. Organizações que investirem em energia resiliente, tecnologias de backup e otimização no uso energético tendem a sair à frente em termos de continuidade operacional, confiabilidade para clientes e custos previsíveis.
LIGAÇÕES EXTERNAS: PROLOGIS – SUPPLY CHAIN DIVE – CFO DIVE – BISNOW – MATERIAL HANDLING AND LOGISTICS -FREIGTHWAVES





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