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Anemoi instala cinco velas-rotor em Valemax da Vale

  • crossbbrasil
  • 26 de nov.
  • 3 min de leitura

Atualizado: 28 de nov.


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[ED: 09 ]15 A 21.11.25 -


 A empresa britânica Anemoi Marine Technologies instalou cinco velas-rotor em um navio graneleiro de 400 000 t operado pela Vale International S.A., buscando reduzir consumo de combustível e emissões.

Jogo Rápido

Grande navio graneleiro da Vale recebeu cinco velas-rotor da Anemoi, cada uma com 35 m de altura, como parte de estratégia para reduzir combustível entre 6% e 12% ao ano. O retrofit em um Valemax de 400 mil toneladas é um marco na aplicação de propulsão assistida por vento em larga escala. A iniciativa reforça metas de descarbonização da Vale e acompanha tendência global da navegação em direção a tecnologias híbridas. Ainda assim, os resultados dependem de condições operacionais e de avanço regulatório para consolidar esse modelo no transporte marítimo.

 

 

A adoção de propulsão assistida por vento avança no setor marítimo após a conclusão da instalação de cinco velas-rotor no navio graneleiro (VLOC) NSU Tubarão, com 400.000 toneladas de porte, sob afretamento da Vale. A operação foi confirmada pela empresa e detalhada em publicações especializadas, que apontam para o crescente interesse por tecnologias sustentáveis no transporte marítimo.


O navio é de propriedade da NS United Kaiun Kaisha e opera sob bandeira liberiana. Com 361 metros de comprimento, integra a frota de Very Large Ore Carriers utilizada nas rotas de minério de ferro para a Ásia (Maritime Executive). A instalação das velas-rotor marca um dos maiores projetos já aplicados a um navio dessa categoria, estabelecendo novo padrão para embarcações de grande porte impulsionadas parcialmente pelo vento.


Cada vela-rotor possui cerca de 35 metros de altura e 5 metros de diâmetro e opera com base no efeito Magnus, em que cilindros rotativos criam empuxo lateral convertido em propulsão auxiliar. A tecnologia busca reduzir o esforço do motor principal e, consequentemente, o consumo de combustível fóssil, tema que tem ganhado relevância à medida que normas internacionais se tornam mais rígidas. A instalação ocorreu no estaleiro Zhoushan Xinya, na China, com mecanismo de dobragem para facilitar operações portuárias e o carregamento de minério.


Segundo projeções de desempenho apresentadas pela Anemoi, a redução estimada de consumo de combustível varia entre 6% e 12% ao ano, dependendo das condições de vento e das rotas utilizadas. A estimativa é considerada relevante em um setor que enfrenta desafios crescentes para melhorar eficiência energética e atender a metas de descarbonização definidas pela Organização Marítima Internacional (IMO), que estima que a navegação responda por cerca de 3% das emissões globais de CO₂.


A iniciativa está alinhada às metas da Vale de reduzir emissões diretas e indiretas. A empresa já divulgou compromisso de diminuir em 33% as emissões de Escopo 1 e 2 até 2030 e em 15% as de Escopo 3 até 2035, incluindo aquelas relacionadas ao transporte marítimo. A adoção de tecnologias eólicas auxilia na estratégia, especialmente considerando rotas de longa distância entre o Brasil e a Ásia, onde condições oceânicas favorecem o uso de propulsão assistida por vento.


Internacionalmente, o retrofit de grandes graneleiros com velas-rotor representa um grande avanço técnico e reforça o movimento global para incorporar sistemas híbridos de propulsão em navios comerciais). Vozes influentes da comunidade portuária apontam que a etapa atual é de maturação operacional, com a necessidade de monitoramento da performance, adaptações de engenharia e integração dos sistemas digitais de comando das velas com sistemas de navegação.


Apesar do potencial, a efetividade depende da constância do vento e do ajuste contínuo das velas durante a viagem. Além disso, a instalação exige investimento inicial relevante, planejamento logístico e capacitação das tripulações. Outro ponto de atenção no setor é a definição de métricas padronizadas de avaliação de eficiência energética, alinhadas a regulamentações internacionais que estão em evolução.


No contexto brasileiro, a incorporação de velas-rotor a navios usados no escoamento de minério representa um exemplo prático de como tecnologias de baixo carbono podem ser integradas à cadeia logística nacional. Os dados operacionais que serão coletados nos próximos anos poderão orientar decisões sobre novas instalações ou eventuais adaptações em navios já existentes.


A instalação das cinco velas-rotor no NSU Tubarão demonstra como a propulsão assistida por vento está avançando de forma concreta. O projeto também ilustra um caminho que pode ser ampliado no setor marítimo, com potencial de economia e redução de emissões apontado pelas primeiras análises.


Ligações Externas: MARITIME EXECUTIVE – SHIP TECHNOLOGY – SHIP & BUNKER – SPLASH 247 – WIND SHIP


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