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Brasil atualiza inventário de emissões rodoviárias 

  • crossbbrasil
  • há 5 dias
  • 3 min de leitura

| EDIÇÃO 11 - 8 a 14.12.25 |


Ministério dos Transportes e do Ministério do Meio Ambiente e Mudança do Clima, reúne dados sobre emissões de gases e poluentes atmosféricos de veículos motorizados do país. 


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JOGO RÁPIDO 


O Governo Federal divulgou, em 2 de dezembro de 2025, o novo Inventário Nacional de Emissões Atmosféricas por Veículos Automotores Rodoviários — ano-base 2024 , elaborado pelo Instituto de Energia e Meio Ambiente (IEMA) com coordenação do Ministério dos Transportes (MT) e do Ministério do Meio Ambiente e Mudança do Clima (MMA). O estudo revela que, mesmo com avanços tecnológicos e queda de poluentes de combustão como monóxido de carbono e material particulado, as emissões de gases de efeito estufa (GEE) e poluentes como CO₂ seguem em alta: entre 2012 e 2024, o CO₂ equivalente (CO₂ eq) aumentou cerca de 8%. O relatório também destaca o crescimento de emissões relacionadas ao desgaste de pneus, freios e pavimentos — hoje responsáveis por metade do material particulado — e inclui pela primeira vez estimativas de "carbono negro", poluente climático de vida curta. Os dados deverão orientar políticas públicas de mobilidade mais limpa e gestão da qualidade do ar. 


 

O Brasil divulgou nesta terça-feira (2) o novo Inventário Nacional de Emissões Atmosféricas por Veículos Automotores Rodoviários — ano-base 2024 , após uma década sem atualização do levantamento nacional referente ao transporte rodoviário.  O estudo foi preparado pelo IEMA, sob a coordenação do Ministério dos Transportes e do Ministério do Meio Ambiente e Mudança do Clima, com apoio da Coalizão Clima e Ar Limpo (CCAC), e reúne dados sobre emissões de gases e poluentes atmosféricos de automóveis, caminhões, ônibus, motocicletas e outros veículos motorizados do País.  


Entre os principais resultados, o inventário aponta que as emissões de dióxido de carbono equivalente (CO₂ eq) cresceram cerca de 8% entre 2012, data de referência do levantamento anterior e 2024, acompanhando o aumento da frota nacional. Em 2024, estima-se que o país conte com mais de 71 milhões de veículos, dos quais automóveis respondem por cerca de 63%.  


No detalhamento por tipo de veículo, os automóveis continuam sendo os maiores responsáveis pelas emissões: respondem por cerca de 34% das emissões de CO₂ eq no setor rodoviário. Caminhões semipesados respondem por cerca de 22%. O inventário mostra que, em conjunto, automóveis e caminhões representam uma fatia significativa das emissões do setor.  


Apesar das melhorias regulatórias e tecnológicos promovidos nas últimas décadas especialmente pelo Programa de Controle da Poluição do Ar por Veículos Automotores (Proconve)  que conseguiu reduzir drasticamente a emissão de poluentes de combustão, o estudo evidencia que tal progresso não tem sido suficiente para conter a alta nas emissões totais.  Uma importante mudança apontada pelo inventário é no perfil de emissões de material particulado (MP). As emissões de MP provenientes da combustão hoje são muito menores, porém as causadas pelo desgaste de pneus, freios e pavimentos aumentaram e atualmente, respondem por cerca de metade do total de MP emitido pelo transporte rodoviário .


Outra novidade do levantamento: a inclusão, pela primeira vez, de estimativas para emissões de carbono negro (black carbon), poluente climático de vida curta com impacto relevante sobre o aquecimento global e a saúde humana.  Para as autoridades, o inventário representa uma base técnica essencial para orientar políticas públicas de mobilidade, qualidade do ar e clima subsidiando a transição para uma matriz de transporte menos poluente, com maior uso de biocombustíveis, eletrificação e maior eficiência no uso dos modais. 


Ainda assim, o documento revela que o crescimento da frota e o uso intensivo dos veículos têm cancelado boa parte dos ganhos obtidos com a tecnologia. Isso indica que apenas a modernização de motores não basta: serão necessárias mudanças estruturais na mobilidade urbana e rodoviária para reduzir efetivamente as emissões.  

Com cobertura histórica que vai de 1980 a 2024, o inventário passa a ser instrumento central de monitoramento ambiental no Brasil, um referencial para municípios, estados e União definirem metas compatíveis com os compromissos climáticos e de saúde pública.  

LIGAÇÕES EXTERNAS :  IEMA – MINISTÉRIO DOS TRANSPORTES – MINISTÉRIO DO MEIO AMBIENTE E MUDANÇA DO CLIMA – EXAME – DIÁRIO DO TRANSPORTE – CLICK PETRÓLEO E GÁS - MINUTO MT 


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