Boston Dynamics amplia precisão das mãos robóticas
- crossbbrasil
- 13 de out.
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Robôs humanoides da Boston Dynamics ganham mãos elétricas mais precisas e sensíveis ao toque.
JOGO RÁPIDO
A Boston Dynamics apresentou um novo avanço em suas mãos robóticas. Com a transição de sistemas hidráulicos para elétricos, a empresa passou a desenvolver garras com sensores táteis e polegar opositor, capazes de segurar objetos com precisão e delicadeza. As melhorias derivam de novas patentes e pesquisas em manipulação de objetos.
A Boston Dynamics, referência mundial em robótica avançada, iniciou uma nova fase no desenvolvimento de mãos robóticas elétricas projetadas para manipular objetos com mais precisão, firmeza e sensibilidade. A mudança de sistemas hidráulicos (baseados em fluido pressurizado) para atuadores elétricos representou um salto de eficiência, permitindo movimentos mais finos e controle independente de cada dedo.
O projeto mais recente da empresa é o gripper GR2, sucessor do modelo experimental GR1. O novo design incorpora sete motores compactos e um polegar opositor, que permitem aos robôs segurar objetos de diferentes formatos — de ferramentas a garrafas — com um nível de controle comparável ao de uma mão humana.
Segundo engenheiros da companhia, o desafio é encaixar diversos atuadores e sensores em um espaço extremamente reduzido, mantendo a estrutura resistente a impactos e de baixo peso. Esse equilíbrio é essencial para robôs que realizam tarefas complexas, como abrir portas, montar peças ou manipular objetos frágeis. (Frontiers in
Sensibilidade tátil e controle inteligente - As novas mãos elétricas contam com sensores táteis nas pontas dos dedos, que identificam pressão e textura. Isso permite que o robô perceba se está segurando um objeto firme demais — o que pode danificar o item — ou de forma insuficiente, o que pode fazê-lo escorregar.
Esses sensores funcionam como “receptores de toque”, transformando sinais elétricos em dados que são processados em tempo real pelos sistemas de controle do robô.
Uma patente registrada pela empresa, intitulada Methods and apparatus for controlling a gripper of a robotic device, detalha como múltiplos sensores e atuadores podem trabalhar em conjunto para ajustar automaticamente a força de preensão. O sistema mede a pressão em diferentes pontos da mão e reconfigura o movimento instantaneamente.
O controle inteligente, aliado à velocidade dos atuadores elétricos, é o que torna possível a manipulação de objetos frágeis, como frascos de vidro ou componentes eletrônicos. A tecnologia também aumenta a autonomia e segurança, já que reduz o risco de falhas durante tarefas repetitivas.
Outro diferencial está na integração entre as mãos e os demais sistemas do robô, como braços, tronco e sensores de visão. Patentes anteriores da Boston Dynamics mostram mecanismos de coordenação entre o movimento dos braços e o deslocamento corporal, permitindo que o robô mantenha o equilíbrio enquanto manipula cargas em movimento. Além da precisão mecânica, o design incorpora materiais de alta fricção e elasticidade nas pontas dos dedos, melhorando a aderência. Esses materiais funcionam de forma semelhante à pele humana, distribuindo a pressão de contato e aumentando o controle sobre objetos de diferentes superfícies.
Impacto no futuro da robótica - O avanço reforça uma tendência na robótica global: a migração para sistemas totalmente elétricos, mais eficientes e silenciosos que os hidráulicos. Esse tipo de tecnologia já começa a ser adotado em robôs que trabalham ao lado de humanos em linhas de montagem e centros logísticos, com potencial para reduzir custos e aumentar a produtividade.
Segundo o professor Aaron Dollar, pesquisador da Universidade de Yale e autor do estudo The GR2 Gripper: An Underactuated Hand for Open-Loop In-Hand Planar Manipulation, as mãos robóticas modernas utilizam menos motores do que dedos, distribuindo o movimento de forma mecânica e inteligente. Isso torna o sistema mais leve, resistente e econômico, sem perder a capacidade de segurar e girar objetos com
Combinando essas tecnologias — sensores táteis, motores miniaturizados e inteligência de controle — a Boston Dynamics dá um passo importante rumo a robôs humanoides mais úteis, capazes de atuar em ambientes reais, não apenas em laboratórios ou vídeos de demonstração.
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