Amazon testa entrega em 30 minutos nos EUA
- crossbbrasil
- há 5 dias
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EDIÇÃO 11 - 8 a 14.12.25 - Modelo, já ativo nos Emirados Árabes Unidos já oferece entrega em 15 minutos

JOGO RÁPIDO
A Amazon iniciou testes de entrega em até 30 minutos em partes de Seattle e Philadelphia, utilizando micro centros de distribuição para acelerar a separação e o envio de itens essenciais. O modelo, já ativo nos Emirados Árabes Unidos com entregas de até 15 minutos, reflete a expansão global do “quick commerce”. A iniciativa fortalece a disputa por conveniência logística e indica como operações ultra rápidas podem influenciar mercados como o brasileiro, que avança em automação, dark stores e soluções de última milha.
A Amazon iniciou um piloto de entregas ultra rápidas em partes de Seattle e Philadelphia, nos Estados Unidos, oferecendo aos consumidores a possibilidade de receber itens essenciais em até 30 minutos. Segundo a empresa, o serviço chamado Amazon Now inclui produtos como alimentos, higiene pessoal, medicamentos de venda livre, itens para pets, papelaria e pequenos eletrônicos. A novidade reforça a estratégia da varejista de ampliar a conveniência e competir em um mercado cada vez mais marcado por pedidos urgentes.
Para viabilizar a operação, a companhia utiliza micro-centros de fulfillment instalados próximos a áreas residenciais, reduzindo o tempo de separação e deslocamento das encomendas. Esse formato difere dos grandes centros tradicionais, frequentemente distantes dos centros urbanos. De acordo com a Amazon, a taxa de entrega é de US$ 3,99 para clientes Prime e US$ 13,99 para não assinantes, com cobrança adicional para pedidos de baixo valor. A empresa afirma que o projeto complementa serviços já existentes, como entregas no mesmo dia e no dia seguinte, e poderá ser expandido conforme o desempenho do piloto.
O modelo não é inédito: nos Emirados Árabes Unidos, o Amazon Now já opera com entregas de 15 minutos, apoiado em micro-estruturas logísticas distribuídas em bairros densos. Relatos de usuários citados pela companhia mencionam recebimentos em apenas seis minutos, evidenciando a maturidade do sistema em mercados de alta urbanização. A Amazon destaca que o desempenho no Oriente Médio ajuda a orientar adaptações para outras regiões.
O movimento se insere na disputa global pelo “quick commerce”, segmento que cresceu com a demanda por conveniência imediata. Concorrentes especializados já exploram entregas ultra rápidas, e a entrada da Amazon pressiona o setor ao combinar escala logística e infraestrutura de última milha. Avalia-se que a iniciativa representa mais do que rapidez: envolve automação, roteirização dinâmica, uso otimizado de dark stores e integração entre estoque físico e digital.
Para o Brasil e a América Latina, o piloto oferece pistas sobre tendências futuras. O País já experimenta soluções de entregas rápidas em varejistas e supermercados, mas enfrenta várias dificuldades como trânsito intenso, custo elevado de operação e limitações de infraestrutura urbana. É de se esperar que, caso modelos semelhantes sejam introduzidos por grandes plataformas, será necessário ampliar a capilaridade de micro-hubs, investir em triagem automatizada e reforçar a integração com transportadores de última milha.
Apesar do impacto potencial, a Amazon não anunciou planos para expandir o serviço para a América Latina. A empresa afirma que a decisão dependerá de aceitação do público, viabilidade logística e regulamentações locais. Ainda assim, a experiência nos EUA e nos Emirados Árabes Unidos antecipa como o varejo pode evoluir para atender consumidores que esperam entregas quase instantâneas, tendência que já modifica padrões de consumo e pressiona a
LIGAÇÕES EXTERNAS : AMAZON – TECHCRUNCH – REUTERS – THE VERGE – FREIGHTWAVES – ABOUT AMAZON – GEEKWIRE




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