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O primeiro navio autônomo movido a eletricidade é norueguês

Atualizado: 12 de jun. de 2023

O YARA Bikerland, foi construído pela empresa norueguesa de fertilizantes Yara International, em parceria com a empresa de tecnologia KONGSBERG.

Indústria marítima marítima ansiosa para avaliar desempenho e impacto.
  • Leitura rápida: Yara Birkeland é o primeiro navio autônomo e de emissão zero do mundo

  • O navio transporta fertilizantes entre os portos de Herøya e Brevik na Noruega .

  • Capacidade para 150 contêineres e autonomia de 30 horas.

  • É totalmente elétrico e alimentado por baterias com capacidade de 6,8 MWh

  • Foi batizado em homenagem ao fundador da Yara, o cientista e inovador Kristian Birkeland

  • A Noruega dá mais um importante passo para a Noruega, um dos líderes em energia renováveis

O futuro da indústria marítima está prestes a se tornar uma realidade com a chegada do YARA Bikerland. Com seu lançamento programado para os próximos dias, o navio tem potencial para representar um avanço significativo na busca por soluções sustentáveis e eficientes no transporte marítimo. Desenvolvido pela YARA International, uma empresa norueguesa especializada em soluções agrícolas, o navio é movido a energia elétrica, eliminando a necessidade de combustíveis fósseis e reduzindo drasticamente as emissões de carbono. O YARA Bikerland é totalmente autônomo, o que significa que é capaz de navegar de forma independente, sem a necessidade de tripulação a bordo. Isso não apenas aumenta a eficiência operacional, reduzindo os custos associados à tripulação, mas também elimina os riscos de segurança para os marinheiros. Com 80 metros de comprimento e pesando 3200 toneladas, tem capacidade para transportar até 150 contêineres, pode atingir uma velocidade máxima de 15 nós (cerca de 28 km/h) e tem uma autonomia de cerca de 30 horas. Suas baterias de 6,8 MWh, podem ser carregadas autonomamente nos portos. O navio conta também com sensores e sistemas integrados que permitem a navegação remota e autônoma, sem a necessidade de intervenção humana Sua tecnologia avançada permite a otimização de rotas, evitando congestionamentos e reduzindo o tempo de entrega. Incorpora uma série de sensores de última geração incluindo câmeras infravermelhas de soluções automotivas integradas, estrategicamente instaladas nas laterais, na frente e na popa do navio, juntamente com um radar.

Esses sensores fornecem dados para um sistema de inteligência artificial (IA) embarcado, que tem a capacidade de eliminar a necessidade de uma tripulação a bordo. Durante a navegação, a solução detecta obstáculos na água e ajusta o curso do navio. Durante a atracação, o sistema é capaz de acionar os braços de amarração automáticos do navio, facilitando a operação. Embora ainda seja necessário o envolvimento humano nas operações de carga e descarga, já estão sendo planejadas medidas para tornar essas atividades autônomas no futuro. Isso envolverá a integração de dispositivos autônomos, como guindastes e transportadores de esteiras, nos portos em que o navio atraca. Essa integração permitirá que o processo de carga e descarga ocorra de forma mais eficiente, eliminando a necessidade de intervenção humana direta.

Em relação à função do capitão, mesmo com a crescente autonomia do navio, essa figura ainda terá um papel a desempenhar. No entanto, em vez de estar a bordo, ele estará localizado em um centro de operações remoto, a uma distância de mais de 50 milhas náuticas. A partir deste centro, será capaz de supervisionar vários navios simultaneamente e intervir conforme necessário. Ainda assim, sua recente viagem inaugural entre duas cidades norueguesas foi monitorada por seres humanos que permaneceram a bordo. Esses avanços na tecnologia de navios autônomos representam um marco significativo na indústria marítima. Com a eliminação gradual da necessidade de tripulações humanas, espera-se que a eficiência e a segurança das operações marítimas sejam aprimoradas. No entanto, permanece a importância de manter um equilíbrio adequado entre a automação e a intervenção humana, garantindo que as decisões críticas possam ser tomadas quando necessário

A chegada do Bikerland também marca um importante passo para a Noruega em sua jornada em direção a uma economia de baixo carbono. O país já é conhecido por sua liderança em energias renováveis e soluções sustentáveis, e o lançamento do primeiro navio autônomo reforça seu compromisso em encontrar alternativas mais limpas e eficientes para o transporte marítimo. Svein Tore Holsether, presidente e CEO da Yara, diz que “todos os dias, são necessárias mais de 100 viagens de caminhões a diesel para transportar produtos da fábrica de Porsgrunn da Yara para os portos de Brevik e Larvik, de onde enviamos produtos para clientes em todo o mundo. Com este novo porta-contêineres autônomo movido a bateria, movemos o transporte da estrada para o mar e, assim, reduzimos as emissões de ruído e poeira, melhoramos a segurança das estradas locais e reduzimos as emissões de NO x e CO 2 ”. À medida que o navio inicia sua primeira viagem, especialistas e observadores da indústria marítima estão ansiosos para avaliar seu desempenho e impacto. Se bem-sucedido, o navio pode abrir caminho para uma nova era de embarcações autônomas, transformando radicalmente a forma como os produtos são transportados pelo mar. A expectativa é que reduza o transporte de caminhões movidos a diesel em 40.000 viagens por ano.



 

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