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Incertezas no horizonte do transporte marítimo pós-pandemia

Após a pandemia, o transporte marítimo de cargas enfrenta um futuro incerto. Com os desafios logísticos superados, novas ameaças surgem, mantendo o setor em alerta constante.


Mar revolto


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O transporte marítimo de carga, essencial para o comércio global, enfrenta um período de incertezas. Após o impacto da pandemia, que desencadeou um caos logístico e afetou cadeias de suprimentos mundialmente, o setor busca estabilidade. Com aproximadamente 80% do comércio global transportado por via aquática, as flutuações no segmento têm implicações significativas. Representantes do mercado expressam preocupação com potenciais ameaças, como variações no custo do combustível e políticas comerciais restritivas, que podem influenciar a recuperação e o crescimento futuro.



O transporte marítimo de carga, um pilar fundamental do comércio global, enfrentou desafios sem precedentes durante a pandemia de COVID-19. A crise sanitária mundial provocou um desarranjo logístico significativo, impactando a oferta de contêineres e elevando os preços do frete. 


As cadeias de suprimento globais foram desestabilizadas, resultando em uma reconfiguração das rotas comerciais e um aumento na distância percorrida pelos navios cargueiros. 


A Unctad reportou que as alterações nas rotas comerciais, como a substituição da Ucrânia pelo Brasil ou Estados Unidos como fornecedores de grãos para o Egito, reforçaram o aumento das distâncias navegadas. 


A Necessidade de desviar navios pelo Cabo da Boa Esperança, para evitar ataques no Mar Vermelho, pressionou o setor a aumentar a velocidade das embarcações, o que, paradoxalmente, resultou em maiores emissões de gases de efeito estufa, contrariando a tendência de redução de velocidade adotada na última década para cortar custos de combustível e emissões.


A pandemia também exacerbou problemas existentes, como a seca no Canal do Panamá, que levou à redução da capacidade de tráfego e à proposta de um "Canal Seco Multimodal" pelo Panamá. A guerra na Ucrânia e os ataques de rebeldes ho


No Brasil, a ANTAQ destacou a falta de contêineres e a capacidade logística dos portos como grandes desafios, prevendo que essa situação persistirá em médio prazo. A movimentação de contêineres, no entanto, manteve seu ritmo de crescimento, refletindo as mudanças nos perfis dos consumidores, que, durante o isolamento social, intensificaram as compras em plataformas de e-commerce, mantendo a demanda por transporte marítimo robusta.


Apesar da reacomodação do mercado e da leve redução no preço do frete em março, os índices continuam elevados em comparação ao período pré-pandemia.


A consultoria Solve Shipping observou que o índice que monitora o preço do frete de Xangai para o mundo ainda se mantém alto. Os portos enfrentaram omissões de escala, concentração de movimentação de cargas, ocupação de pátio, filas e falta de previsibilidade na entrega das cargas, afetando a credibilidade com os clientes. O aumento dos fretes e a ocorrência de navios com tripulação positiva para o coronavírus foram outros impactos significativos.


Olhando para o futuro, o setor de transporte marítimo de carga continua a navegar em águas incertas. As adaptações ao cenário geopolítico atual e as respostas às novas ameaças ao mercado são cruciais para a recuperação e sustentabilidade do segmento. A análise dos impactos da pandemia e o desenvolvimento de estratégias para fortalecer a resiliência do setor são passos essenciais para enfrentar crises futuras. A aprendizagem com as lições do passado e a implementação de medidas eficazes podem garantir que o transporte marítimo de carga continue sendo um motor vital para a economia global.


 

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