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Hyperloop ligará Porto Alegre à Serra Gaúcha em 12 minutos

Atualizado: 14 de jan. de 2022


Projeto de Elon Musk trafegará a 1200 quilômetros por hora. Comitiva liderada por Eduardo Campos visita sede de testagem em Toulouse na França. Projeto custaria 24 milhões de dólares, com financiamento totalmente privado.


FONTES:

Ricardo de Oliveira para Notícias Automativas / Marcelo Flach para SECOM RS / Mobilidade Porto Alegre | Contém Adaptações |


Meta é concluir projeto até 2030 - Foto W.Fare

Uma das ideias de Elon Musk foi a criação de uma cápsula com levitação magnética que se baseia em princípios centenários que foram atualizados para o século XXI. Isambard Kingdom Brunel, um engenheiro britânico, o Elon Musk de sua época, sugeriu a construção de um tubo no sudoeste da Inglaterra em 1845 que moveria trens a uma velocidade vertiginosa de 70 milhas por hora. Pelo projeto de Musk, a cápsula também é lançada dentro num tubo de vácuo, em velocidade próxima do som.

O plano de Brunel foi abandonado depois que o projeto se tornou inviável devido à falta de materiais que pudessem sustentá-lo. Apesar dos esforços do engenheiro, levou mais de um século para que o CEO da SpaceX e da Tesla, voltasse a atenção do mundo para a tecnologia de trânsito tubular. O conceito de Hyperloop se tornou amplamente popular em 2013, graças ao artigo Hyperloop alpha.


A sugestão de Musk, que sempre afirmou que seu interesse neste caso não tem propósito comercial, foi abraçada e gerou a empresa HyperloopTT. A Virgin Hyperloop, por exemplo, constrói um tubo para os pods do sistema na Califórnia. Desta vez, o projeto está no Rio Grande do Sul.


Com uma viagem de teste em humanos bem-sucedida em novembro de 2020, é possível que se esteja a menos de dez anos de vê-lo em ação. Os sistemas de trânsito de tubo de vácuo já existem há um tempo surpreendente como um conceito para transporte rápido.

Um acordo entre o governo do estado e a empresa, visa estudar a implantação do sistema na região, ligando Porto Alegre à Serra Gaúcha em apenas 12 minutos! Mesmo se fosse de avião comercial como, o jato não chegaria primeiro.


Com velocidade de 1.200 km/h, o pod do Hyperloop seria mais rápido é três vezes e meia mais rápido do que os trens-bala Shinkansen no Japão. Numa comparação com um automóvel, o ganho seria ainda maior, visto que a viagem de carro dura em média 1h40m. De ônibus, o percurso é feito em 3h. É


Dirk Alhborn, presidente da Hyperloop disse em videoconferência: “Há já um estudo, com a rota Chicago-Cleveland-Pittburgh, nos EUA, e um sistema em implantação em Toulouse, na França. O Brasil tem muito potencial e o RS poderá estar numa segunda onda com outros locais do mundo”.


Emirados Árabes Unidos e Alemanha (cargas em Hamburgo) também estudam a tecnologia. Para o RS, o ganho científico-tecnológico seria enorme com o Hyperloop fazendo essa rota de importância turística nacional. Essa, contudo, não é a primeira vez que a tecnologia de deslocamento por tubo é cogitada para o Brasil.


Há alguns anos, a HyperloopTT fez uma parceria com o governo de Minas Gerais e chegou a usar uma usina para formar um centro de pesquisa e desenvolvimento. O pod será feito pela japonesa Hitachi, que assinou com a companhia em dezembro. Cada cápsula leva de 28 a 50 pessoas.


No estado, o objetivo seria o transporte de cargas ultrarrápido, levando contêineres de 20 ou 40 pés. O projeto, no entanto, não foi para frente. O impacto no setor de cargas pode ter sido um dos motivos para o fracasso da ideia. Agora, vamos ver como acontece no sul do país.


Governador gaúcho visita a centro de teste da Hyperloop


A sede de testagem da Hyperloop Transportation Technologies (HTT), em Toulouse, no sul da França, foi visitada em outubro pelo governador gaúcho, Eduardo Campos . Em janeiro deste ano, o governo do Estado assinou um acordo com a Hyperloop e com a Universidade Federal do Rio Grande do Sul (Ufrgs) para que fossem feitos estudos de viabilidade para aplicação da tecnologia no Estado. A rota estudada foi Porto Alegre–Caxias do Sul, passando por Novo Hamburgo e Gramado.


Campos explicou que a participação nesse desenvolvimento ‘foi uma aposta na inovação, na tecnologia, sabendo que, embora possa parecer difícil de compreender e parecer distante, pode se tornar realidade. É um meio de transporte absolutamente disruptivo. A pesquisa e a ciência por si só por trás desse meio de transporte já são muito relevantes, e viabilizar ali na frente esse meio de transporte no RS nos colocará ainda mais em destaque como referência em inovação”, disse o governador.


Ar retirado de dentro de tubo garante deslocamento de cápsula sem atrito - Foto: Gustavo Mansur / Palácio Piratini


A parceria do Estado com a empresa de pesquisa coloca o Brasil na rota do transporte mais inovador e disruptivo atualmente em desenvolvimento no mundo.


Equipe da empresa demonstrou funcionamento do sistema de transporte: US$ 55 milhões investidos no desenvolvimento do projeto - Foto: Gustavo Mansur / Palácio Piratini


Esse é o primeiro estudo de viabilidade realizado na América Latina. O estudo analisa as condições técnicas de instalação, como análise de topografia e geografia, impacto ambiental, custo de instalação da trilha e do projeto no total, estimativa de tarifa para os passageiros, entre outros.




De acordo com o diretor Ricardo Penzin, head Brasil e América Latina da empresa, o valor da passagem para a rota entre Porto Alegre e Caxias do Sul custaria, em média, R$ 100. Cada cápsula comporta 50 pessoas por viagem. Para o RS, o investimento necessário seria de US$ 24 milhões por quilômetro, com investimento 100% privado.


“O RS abriu as portas para o estudo de maneira que não vimos em outro Estado no RS. Temos a excelência dos estudos de transporte da Universidade Federal do Rio Grande do Sul, e o RS tem uma diferença de altitude que faz muito sentido. Queríamos um local que mostrasse que a Hyperloop pode fazer coisas que o trem não pode fazer”, destacou Penzin.





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