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Carga de mármore do Império Romano naufragada há 1.800 anos é encontrada em Israel

Acredita-se que as peças seriam usadas em um edifício público de grande porte.


Texto-base original Original National Geographic, com resumo Cubo Mágico Clipping


Imagem: Carga de navio naufragado, finalmente encontrada – Imagem: Representação artística (Cubo Image).

Resumo:

  • Carga de mármore do Império Romano é encontrada em Israel.

  • Artefatos arquitetônicos de 1.800 anos estavam em navio que naufragou.

  • Descoberta foi feita por acaso por um mergulhador.

  • Autoridade de Antiguidades de Israel diz que é a carga mais antiga do tipo no Mediterrâneo Oriental.

  • Mármore seria usado em um edifício público de grande porte.


Uma grande carga de artefatos de mármore do Império Romano, transportada em um navio mercante que naufragou em uma tempestade, foi descoberta nas águas costeiras de Moshav Beit Yanai, em Israel. Estima-se que as peças raras tenham cerca de 1.800 anos. O carregamento foi descoberto por acaso, por um mergulhador.


Fim de um debate arqueológico - Segundo a Autoridade de Antiguidades de Israel, trata-se da carga marítima mais antiga desse tipo encontrada no Mediterrâneo Oriental. O carregamento é composto por capitéis (a parte de cima de uma coluna) decorados com motivos vegetalistas, capitéis parcialmente esculpidos e uma enorme viga de mármore, medindo cerca de seis metros de comprimento. Os arqueólogos acreditam que esses valiosos elementos arquitetônicos seriam usados em um edifício público de grandes dimensões, talvez um templo ou um teatro.


Após ter avistado o carregamento, o mergulhador Gideon Harris entrou em contato com a Autoridade de Antiguidades de Israel. “Há muito tempo que sabíamos da existência dessa carga naufragada”, disse Koby Sharvit, diretor de arqueologia subaquática do órgão. "Mas não conhecíamos sua localização exata, pois estava coberta por areia e, portanto, não poderíamos investigá-la.


As recentes tempestades devem ter exposto a carga e, graças ao importante aviso de Gideon, conseguimos registrar sua localização e realizar investigações arqueológicas preliminares, o que levará a um projeto de pesquisa mais aprofundado”, completou.


Os arqueólogos acreditam que o mármore era transportado por um navio enorme, capaz de levar cargas de 200 toneladas. “Como é provável que esta carga de mármore tenha vindo da região do Egeu ou do Mar Negro, na Turquia ou na Grécia, e como foi descoberta ao sul do porto de Cesareia, parece que se destinava a um dos portos ao longo do sul da costa Levante, Ashkelon ou Gaza, ou possivelmente até mesmo Alexandria, no Egito”, afirmou Sharvit.


A descoberta também colocou fim a uma antiga questão debatida pelos arqueólogos. “Os arqueólogos da terra e do mar há muito discutem se os elementos arquitetônicos importados do período romano eram totalmente trabalhados em suas terras de origem ou se eram transportados em uma forma parcialmente esculpida e modelados em seu local de destino", disse Sharvit. "O achado dessa carga resolve a questão, pois fica evidente que os elementos arquitetônicos saíram do canteiro como matéria-prima básica ou artefatos parcialmente trabalhados e que eram moldados e finalizados no canteiro de obras, seja por artistas e artesãos locais ou por artistas trazidos de outros países para o local, da mesma forma que artistas especialistas em mosaico que viajavam de local em local seguindo projetos encomendados", completou.



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