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Venezuela impõe barreira a produtos brasileiros na fronteira

Venezuela impõe barreira a produtos brasileiros na fronteira

Transportadoras brasileiras enfrentam dificuldades para entrar com cargas de alimentos na Venezuela e correm risco de perder os produtos por causa do prazo de validade.


Imagem que vale muito maios que mil palavras. Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil

Leitura rápida

  • Cargas perecíveis correm risco de estragar

  • Transportadoras reclamam de prejuízos e insegurança

  • Acordo internacional de transporte terrestre é desrespeitado

  • Brasil pede solução diplomática para o impasse

  • Venezuela alega medidas sanitárias e políticas

  • Crise humanitária se agrava na Venezuela


A crise política e econômica na Venezuela tem afetado não só os milhares de migrantes que fogem do país, mas também as empresas brasileiras que exportam produtos para o mercado venezuelano. Desde o início do ano, o governo de Nicolás Maduro impôs restrições à entrada de alimentos como carne, frango e linguiça na fronteira com o Brasil, alegando questões sanitárias e de segurança alimentar.


A medida pegou de surpresa as transportadoras brasileiras, que já enfrentavam dificuldades para atravessar a fronteira por causa da greve dos auditores fiscais da Receita Federal em Pacaraima (RR). Segundo o Sindicato das Empresas de Transporte de Carga de Roraima (Sindetrans), cerca de 300 caminhões estão parados na cidade venezuelana de Santa Elena de Uairén, aguardando a liberação das autoridades locais. Muitos desses veículos carregam produtos perecíveis, que podem estragar antes de chegar ao destino final. O presidente do Sindetrans, José Gama, diz que a situação é crítica e que os prejuízos podem chegar a milhões de reais. "Nós estamos sendo prejudicados duplamente: pela greve dos auditores no Brasil, que atrasa a liberação das cargas, e pela restrição da Venezuela, que impede a entrada de alguns produtos. Isso gera um custo adicional para as empresas, que têm que pagar diárias aos motoristas, combustível e manutenção dos caminhões", afirma

.

Gama diz também que os transportadores tentaram negociar com as autoridades venezuelanas, mas não obtiveram sucesso. Ele afirma que o governo Maduro está priorizando as importações da Argentina e do Uruguai, em detrimento dos produtos brasileiros. "Eles alegam que os produtos brasileiros não têm qualidade, mas isso é uma desculpa. Na verdade, eles estão fazendo uma retaliação política ao Brasil, por causa do reconhecimento do governo interino de Juan Guaidó", diz.


O governador de Roraima, Antonio Denarium (PP), disse que está buscando apoio do governo federal e da embaixada brasileira em Caracas para resolver o impasse. Ele afirmou que a restrição venezuelana prejudica a economia local e a integração regional. "Nós queremos manter boas relações comerciais com a Venezuela, que é um parceiro importante para o Brasil e para Roraima. Nós esperamos que essa situação seja resolvida o mais rápido possível, para evitar mais prejuízos aos nossos empresários e aos consumidores venezuelanos", disse.



 

Ligações Externas

BBC, FOLHA BV , G1GLOBO

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