Embora adiantado, o milho verão 2023/24 enfrenta problemas no que se refere à logística. O milho segunda safra 22/23 está em fase final de colheita, com aumento de produção. A produção total de milho no Brasil deve ser de 118,9 milhões de toneladas em 22/23.

Leitura rápida:
Plantio do milho verão 2023/24 no centro-sul está mais adiantado que em 2022/23
Rio Grande do Sul e Santa Catarina lideram o ritmo dos trabalhos com clima favorável
Paraná também iniciou o plantio, mas com redução de área em relação à safra anterior
Produtividade média do milho verão deve ser maior que na safra 22/23, afetada pela seca
Colheita da segunda safra 22/23 está atrasada por causa do plantio tardio e da umidade
Produção de milho segunda safra no centro-sul deve crescer 16% em relação à safra passada
O plantio do milho verão 2023/24 no centro-sul do Brasil está mais adiantado do que no mesmo período do ano passado, mas ainda enfrenta desafios de logística para escoar a produção da segunda safra 22/23, que está em fase final de colheita. Segundo a consultoria AgRural, até a última quinta-feira (24), 7,5% da área estimada para o milho verão havia sido semeada na região, ante 4,6% na semana anterior e 5,1% há um ano.
Os Estados que lideram o ritmo dos trabalhos são Rio Grande do Sul e Santa Catarina, que juntos respondem por cerca de 40% da área de milho verão no centro-sul. De acordo com a AgRural, as condições climáticas têm sido favoráveis ao plantio nessas áreas, com temperaturas acima do normal e chuvas em algumas regiões. Nesta semana, o Paraná também iniciou o plantio do cereal, que deve ocupar uma área menor do que na safra passada.
A expectativa é que o milho verão tenha uma produtividade média maior do que a registrada na safra 22/23, que foi afetada pela seca e pelo atraso no plantio. A AgRural estima que a produção de milho verão no centro-sul seja de 26,2 milhões de toneladas em 2023/24, um aumento de 9% em relação à safra anterior.
Já a colheita da segunda safra de milho 22/23 no centro-sul atingiu 83% da área até quinta-feira, um avanço de 6 pontos percentuais em relação à semana anterior, mas ainda abaixo dos 94% registrados há um ano. A AgRural atribui o atraso da colheita ao plantio tardio, ao alongamento do ciclo das lavouras e à lentidão na perda de umidade dos grãos.
Além disso, os produtores enfrentam dificuldades logísticas para escoar a produção, que deve ser recorde nesta safra. "Em algumas áreas, os produtores se queixam da pouca disponibilidade de caminhões e das filas para entrega nos armazéns", diz a consultoria. O Brasil deve exportar um volume recorde de milho em agosto, o que aumenta a demanda por transporte.
A AgRural estima que a produção de milho segunda safra no centro-sul seja de 83,4 milhões de toneladas em 22/23, um aumento de 16% em relação à safra passada. Somando as duas safras de milho e a safra de inverno, a produção total de milho no Brasil deve ser de 118,9 milhões de toneladas em 22/23, um recorde histórico.
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Fontes: Br Investing Forbes Canal Rural Isto é Dinheiro