O governo planeja cortar impostos sobre caminhões como parte do
programa de incentivo aos veículos populares. Tem-se é a reedição de efeitos colaterais registrados no antigo Pró-Caminhoneiro.

Resumo:
Governo estuda medidas para incentivar a compra de caminhões novos
Objetivo é renovar a frota e reduzir a poluição e os acidentes nas estradas
Medidas podem incluir crédito facilitado, redução de impostos e bônus para sucateamento
Governo anterior de Lula criou o Pró-Caminhoneiro, que gerou super oferta e queda nos fretes
Programa foi criticado por especialistas e caminhoneiros, que se sentiram prejudicados
O governo federal está estudando medidas para reduzir o preço dos carros populares e estimular a indústria automotiva nacional. Uma das possibilidades é incluir caminhões no pacote de incentivos, que deve ser anunciado no dia 25 de maio, data em que se comemora o dia da indústria.
Segundo o vice-presidente e ministro do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços, Geraldo Alckmin, a ideia é apoiar o setor de transporte de cargas, que sofreu com a crise econômica e a pandemia de covid-19. "Não é só carro, mas também caminhão", disse Alckmin a jornalistas após participar de um almoço na Frente Parlamentar da Agropecuária (FPA) .
A medida tenderia a ser uma reedição do antigo programa do governo Lula, denominado Pró Caminhoneiro, que oferecia crédito subsidiado para a compra de caminhões novos e usados. O programa foi lançado em 2011 e encerrado em 2015, após consumir R$ 65 bilhões em recursos do BNDES . Na época, o programa foi criticado por causar um desequilíbrio no mercado de fretes, gerando excesso de oferta e baixa demanda.
O pacote de incentivo ao carro popular deve contemplar descontos em tributos como IPI, PIS/Cofins e ICMS para veículos com preço abaixo de R$ 120 mil, eficiência energética e densidade industrial. A redução dos impostos pode variar entre 1,5% e 10,96% no valor final do veículo . A iniciativa ainda depende da aprovação do ministro da Fazenda, Fernando Haddad.
Além disso, o governo pretende estimular a pesquisa e inovação, a modernização do parque fabril e o crédito mais barato para a indústria nacional. Alckmin defendeu que a agroindústria faça parte da "neoindustrialização" do país, baseada também na digitalização e na economia verde. "Temos que aproveitar toda nossa competitividade em relação ao mundo e todas as oportunidades: hidrogênio verde, etanol e produção de alimentos. O Brasil tem a agricultura e pecuária mais competitiva do mundo", afirmou .
Ligações Externas:
UOL Carros, Correio Brasiliense e G1.Globo