Empresa de transporte marítimo busca reduzir emissões e liderar transição energética na indústria naval.
Leitura rápida:
Parceria com MAN Energy Solutions permitirá adaptação do sistema de propulsão marítima
Metanol verde é um biocombustível renovável que pode substituir o óleo combustível marítimo
Iniciativa faz parte da estratégia de descarbonização da Maersk, que visa atingir zero emissões líquidas até 2040
Retrofit do motor está programado para ocorrer em meados de 2024 e deve ser replicado em outras embarcações
Conversão do motor é um processo complexo que envolve substituição de peças e instalação de novos tanques e sistemas de combustível
Maersk estabeleceu metas tangíveis para 2030, como reduzir 50% das emissões por contêiner transportado e usar 25% de combustíveis verdes
A Maersk, uma das maiores empresas de transporte marítimo do mundo, anunciou que fará a conversão de um navio porta-contêineres para se tornar uma embarcação a motor bicombustível e que pode ser movida a metanol verde, combustível limpo produzido a partir de fontes renováveis, como biomassa, resíduos ou energia eólica ou solar e que tem potencial de redução de emissões de até 95% em comparação com o óleo combustível marítimo, que é o mais usado na indústria naval. Tem também a vantagem de ser compatível com a infraestrutura existente de armazenamento e distribuição de combustíveis.
Essa será a primeira conversão desse tipo na indústria naval e faz parte da estratégia da empresa de descarbonizar suas operações e alcançar emissões líquidas zero até 2040.
O retrofit do motor , capaz de utilizar metanol, está programado para ocorrer em meados de 2024, com o objetivo de demonstrar a viabilidade da modernização de embarcações existentes em vez de construir novos navios. A operação deve ser replicada em embarcações semelhantes, quando for realizada a inspeção programada, em 2027.
A empresa firmou acordo com a MAN Energy Solutions (MAN ES), especializada em sistemas de propulsão marítima que levará sua expertise para adaptar o motor do navio para funcionar com o biocombustível, para realizar a conversão do motor da embarcação. A MAN ES é. Essa parceria permitirá que se demonstre como a modernização de embarcações com motores ambientalmente sustentáveis, é possível.
"Definimos uma meta ambiciosa para atingir zero emissões líquidas até 2040 em todas nossas atividades e assumimos um papel de liderança na descarbonização da logística.
Adaptar motores para funcionar com metanol é uma parte importante de nossa estratégia. Com esta iniciativa, queremos abrir caminho para futuros programas de modernização escaláveis na indústria e, assim, acelerar a transição de combustíveis fósseis para combustíveis verdes. Por fim, queremos mostrar que os retrofits de motores a metanol podem ser uma alternativa viável à construção de novos navios", disse Leonardo Sonzio, chefe de tecnologia e gerenciamento de frota.
Além da conversão, a Maersk estabeleceu metas ambiciosas para garantir a descarbonização de suas operações, buscando alcançar emissões líquidas zero até 2040 e estabeleceu objetivos tangíveis para 2030. Isso inclui uma redução de 50% nas emissões do navio por contêiner transportado em comparação com 2020. Essas metas estão alinhadas com o Acordo de Paris e a iniciativa Science Based Targets (SBTi) é complexa e requer substituição de peças e a instalação de novos tanques de combustível, sala de preparação de e sistema de abastecimento. Um processo detalhado de engenharia está em curso para a primeira conversão, cuja implementação ocorrerá em meados de 2024.
A Maersk já encomendou a primeira embarcação porta-contêineres pronta para o combustível limpo em 2021, seguindo o compromisso com o princípio de adquirir apenas navios novos que possam navegar com propulsão limpa. Com a conversão do motor de uma embarcação existente, a empresa espera ampliar as possibilidades de uso do metanol verde como combustível alternativo e sustentável na indústria naval.
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