Pesquisa Datafolha/Simpi mostra que 30% das empresas do setor gostariam de vender para o exterior, mas enfrentam barreiras.

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Estudo Datafolha-Simpi revela os principais indicadores do micro e pequena indústria no Brasil
Pesquisa é realizada mensalmente desde 2013 e abrange todos os estados e regiões do país
Indicadores incluem faturamento, lucro, crédito, contratação, demissão, expectativas e desafios do setor
Em 2022, pesquisa também acompanhou os impactos da pandemia de coronavírus MPIs
Segundo a pesquisa, impostos e logística são os principais obstáculos para a exportação dessas empresas
Pesquisa também mostra que 16 milhões de brasileiros conhecem o Simpi e 94% aprovam sua atuação
Levantamento realizado pelo Instituto Datafolha em parceria com o Simpi (Sindicato da Micro e Pequena Indústria do Estado de São Paulo) revelou que os principais obstáculos para as micro e pequenas indústrias brasileiras exportarem seus produtos e serviços são a alta carga tributária, a falta de infraestrutura, o crédito escasso e a capacitação insuficiente da mão de obra, além dos problemas de logística interna e externa.
Segundo a pesquisa, 30% das empresas do setor gostariam de se tornar exportadoras, mas apenas 2% delas conseguem vender para outros países. No total, 65% dos entrevistados consideram as indústrias brasileiras menos competitivas do que as de outros países industrializados e 19% dizem que a competição ocorre em igualdade.
Os entrevistados apontaram que a maior vantagem das indústrias do exterior frente às brasileiras está no custo envolvido na produção industrial, seguida de apoio governamental e inovação tecnológica. Para as indústrias desse porte, 15% consideram carga tributária e falta de infraestrutura a maior dificuldade para operar fora do Brasil, seguida de falta de crédito e financiamento, com 14%.
Falta de capacitação da mão de obra (12%), baixa competitividade e taxa de câmbio (5%), falta de inovação e tecnologia (4%), barreiras internacionais (4%) também dificultam o setor, de acordo com a pesquisa.
Para Joseph Couri, presidente do SIMPI "Uma logística voltada à exportação não depende só de políticas públicas, mas também de negociações feitas com empresas e organizações [de fora do país] e do mercado-alvo que realmente tem lastro em operações financeiras, como uma carta de crédito para garantir apoio ao exportador brasileiro".
O Sindicato entende que as políticas públicas para incentivar o setor industrial não são voltadas para entender as necessidades das micro e pequenas indústrias quanto a questões tributárias, de infraestrutura e de mercado.
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