A ferrovia é fruto de projeto iniciado nos anos de 1970, que ligará o Mato Grosso ao Pará, facilitando o escoamento de grãos pelo Arco Norte do país.

Projeto visa melhorar o escoamento da produção agrícola do centro-norte de Mato Grosso até os portos do Pará, na região Norte do Brasil.
A extensão será de aproximadamente 933 km. A capacidade de transportar é estimada em até 52 milhões de toneladas de commodities agrícolas por ano, principalmente soja e milho.
A Ferrogrão ligará o município de Sinop (MT) ao distrito portuário de Miritituba (PA), no rio Tapajós, onde os grãos serão embarcados em barcaças até os portos de Santarém (PA) e Barcarena (PA) .
Espera-se redução entre 30% e 40% no custo do frete e diminuir as emissões de carbono, ao substituir os caminhões movidos a diesel que atualmente trafegam pela BR-163 .
O valor estimado do investimento é de R$ 12 bilhões, que serão injetados pela iniciativa privada. O prazo de concessão é de 69 anos.
O projeto foi encaminhado para análise do Tribunal de Contas da União (TCU) em 2022, mas teve os trâmites suspensos pelo Supremo Tribunal Federal (STF) em março de 2023 .
O STF julgou uma Ação Direta de Inconstitucionalidade (ADI) que apontava pontos irregulares no projeto sob o ponto de vista constitucional, como a falta de consulta prévia aos povos indígenas e a violação de uma unidade de conservação.
O ministro Alexandre de Moraes, autorizou a liberação dos estudos sobre a implantação da ferrovia, mas determinou que eles sejam realizados com transparência e participação social.
O projeto tem o apoio de entidades ligadas ao agronegócio. Estas defendem que a ferrovia irá aumentar a competitividade dos produtos brasileiros no mercado internacional e gerar desenvolvimento econômico e social para a região.
Mas a iniciativa sofre a resistência de organizações indígenas e ambientais que alertam para impactos ambientais e sociais, como desmatamento, invasão de terras indígenas, perda da biodiversidade o aumento dos conflitos fundiários na região.
Desenvolvido com a Climate Bond Initiative, será possível captar green bonds, reduzindo em 50% a emissão dos gases do efeito estufa. Cerca de 1 milhão de toneladas de CO2 seriam retiradas da atmosfera da Amazônia.
LIGAÇÕES EXTERNAS: