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Crise de contêineres afeta comércio global e eleva custos de transporte.

A escassez de contêineres no mercado global afeta o comércio marítimo de mercadorias e eleva os custos de transporte para exportadores e importadores. A crise deve se estender ao longo de 2023.


Falta grave

Resumo:

  • Produção de contêineres cai 71% no primeiro trimestre de 2021 em relação a 2020;

  • Pandemia, protecionismo e regulação ambiental dificultam a recuperação do setor;

  • Escassez s afeta comércio mundial, causando atrasos, falta de produtos e aumento de custos;

  • Mercado desse tipo de transporte deve crescer mais de 5% ao ano até 2026;

  • Demanda por contêineres refrigerados supera oferta, limitando o comércio de bens perecíveis;

  • Medidas para enfrentar a crise incluem aumento da produção, gestão do fluxo, redução da capacidade ociosa e alternativas modais;

  • Efeitos da escassez devem persistir até pelo menos 2023.


A produção global de contêineres, essenciais para o transporte marítimo de mercadorias e que representa cerca de 60% do comércio mundial em valor, já havia caído 71% no primeiro trimestre de 2021 em relação ao mesmo período do ano anterior. No período compreendido entre 2022 e 2023 enfrenta novos desafios devido à pandemia de Covid-19, às medidas protecionistas de alguns países e às regulamentações ambientais mais rigorosas. Segundo a consultoria Drewry, a produção deve ficar no nível mais baixo desde 2009 neste ano, e só deve se recuperar em 2024, quando deverá dobrar em relação ao ao panorama atual.


A escassez afeta tanto os exportadores quanto os importadores, que enfrentam atrasos nas entregas, falta de produtos e aumento dos custos de transporte. Segundo a Mordor Intelligence, o mercado mundial de transporte deve crescer a uma taxa anual composta (CAGR) de mais de 5% entre 2021 e 2026, impulsionado pelo aumento da economia global e da demanda por mercadorias.


Um dos segmentos que mais sofre com a crise é o de reefers, que são usados para transportar perecíveis, como alimentos e medicamentos. A demanda por esses produtos está crescendo em todo o mundo, com o aumento da população de classe média e dos níveis de renda, mas a oferta de contêineres refrigerados não acompanha esse ritmo O comércio marítimo por meio desse tipo de equipamento cresceu 5% em 2017 e 8% em 2018, mas desacelerou entre 2019 e 2020.


Para enfrentar esse grande entrave operacional algumas medidas estão sendo tomadas pelos agentes do setor, como aumentar a produção de novos contêineres, melhorar a gestão do fluxo, reduzir a capacidade ociosa das embarcações e buscar alternativas modais, como o transporte ferroviário e rodoviário. No entanto, essas ações podem não ser suficientes para resolver o problema no curto prazo, e a situação deve persistir até pelo menos o final de 2023.





 

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