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Airlander: a aeronave híbrida que promete revolucionar o transporte aéreo

Atualizado: 12 de jul. de 2023

O Airlander, uma mistura de avião, dirigível e helicóptero, pode começar a operar comercialmente em 2026, levando passageiros e cargas com mais eficiência e sustentabilidade.


Híbrido pode levar 10 toneladas de carga útil

Leitura rápida:

  • Airlander é uma aeronave híbrida movida a hélio e ar

  • Pode transportar até 100 pessoas ou 10 toneladas de carga

  • Tem autonomia de cinco dias e velocidade de 150 km/h

  • Consome menos combustível e emite menos poluentes que aviões convencionais

  • Pode pousar e decolar em qualquer superfície plana

  • É projetado pela empresa britânica Hybrid Air Vehicles

  • Já realizou testes bem-sucedidos e busca certificação para uso comercial


Imagine uma aeronave que combina as características de um avião, um dirigível e um helicóptero, capaz de transportar passageiros e cargas com mais eficiência energética, menor impacto ambiental e maior flexibilidade operacional. Essa é a proposta do Airlander, um projeto da empresa britânica Hybrid Air Vehicles (HAV), que pretende revolucionar o setor de transporte aéreo nos próximos anos.


A aeronave utiliza dois meios diferentes para gerar sustentação: o gás hélio, que preenche seu envelope elíptico, e o ar, que é deslocado pela forma aerodinâmica do veículo e pelos quatro motores movidos a diesel. Segundo a HAV, cerca de 60% da sustentação é proveniente do hélio, enquanto os outros 40% são resultado da aerodinâmica.


Essa combinação permite ao Airlander ter vantagens sobre as aeronaves convencionais em vários aspectos. Por exemplo, ele pode transportar até 100 pessoas ou 10 toneladas de carga útil, dependendo da configuração escolhida. Além disso, tem autonomia de cinco dias sem reabastecimento, podendo voar a uma velocidade máxima de cerca de 150 km/h e altitude máxima de cerca de 5 mil metros.


Outra vantagem é o baixo consumo de combustível e a moderada emissão de poluentes. De acordo com a HAV, o híbrido consome até 75% menos combustível que um avião convencional com capacidade similar, além de emitir até 90% menos gases de efeito estufa. A empresa também afirma que o Airlander é mais silencioso que um avião, reduzindo a poluição sonora.


Em termos de flexibilidade operacional, o veículo pode pousar e decolar em qualquer superfície plana, sem necessidade de infraestrutura aeroportuária. Isso abre possibilidades para o uso da em regiões remotas ou de difícil acesso, como áreas montanhosas, desertas ou marítimas. Pode também ficar estacionado no ar por longos períodos, funcionando como uma plataforma de observação, comunicação ou vigilância.

Outros possíveis usos para a aeronave são o transporte de cargas pesadas ou perigosas, como equipamentos médicos ou nucleares, o resgate de pessoas em situações de emergência ou desastre, e o monitoramento ambiental ou militar.


Fundada em 2007, a HAV é uma empresa cujo objetivo é desenvolver e comercializar aeronaves híbridas para diversos fins, como transporte de passageiros, cargas, turismo, pesquisa científica, ajuda humanitária e defesa. A empresa conta com o apoio de investidores privados e públicos, como o governo britânico e a Agência Espacial Europeia.


Resultado de muita pesquisa, desenvolvimento e de várias experiências da companhia, o Airlander tem 92 metros de comprimento, 43,5 metros de largura e 26 metros de altura, sendo considerado a maior aeronave do mundo em operação.

Já foram realizados seis voos de teste entre 2016 e 2019, demonstrando sua capacidade de manobra, estabilidade e segurança. Nesse último ano o protótipo foi aposentado para dar lugar à produção do modelo comercial, que deve ter algumas modificações no design e na performance. Espera a certificação para o uso comercial até 2025, com início às operações em 2026.

Trata-se de Inovação que pode trazer benefícios econômicos, sociais e ambientais para o transporte, além de abrir novas possibilidades para a exploração do espaço aéreo. A HAV espera que seja um sucesso comercial e exemplo de sustentabilidade para o setor e já tem no radar alguns clientes potenciais, como a companhia aérea sueca OceanSky, que planeja oferecer viagens turísticas ao Polo Norte a bordo da aeronave híbrida.




 

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